A Rappi, uma das startups mais valiosas da América Latina, espera estar pronta para lançar uma oferta pública inicial em 12 meses, disse o cofundador Simon Borrero em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (16).
A empresa colombiana, que oferece serviços de entrega em nove países, agora atingiu níveis de lucro que permitem que a liderança considere uma oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês), com a Bolsa de Nova York (Nyse) como destino mais provável, disse Borrero, acrescentando que nos últimos três anos sua receita dobrou. “Estaremos prontos em um ano, mas não temos pressa”, disse ele. “Agora que somos lucrativos, estamos gerando dinheiro para investir.”
Apoiada pelo SoftBank, a Rappi, sediada em Bogotá, expandiu-se pela região desde sua fundação em 2015 e atingiu o breakeven (“ponto de equilíbrio”, em tradução livre, uma forma de dizer que parou de dar prejuízo líquido) pela primeira vez no final de 2023. Ela ainda está se expandindo, despejando dinheiro no México e no Brasil após a aquisição de um concorrente. A empresa planeja expandir para a América Central, acrescentou Borrero.
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A Rappi está investindo em ferramentas de inteligência artificial que melhoram o algoritmo de busca e permitem pedidos de entrega por voz. A empresa agora está presente em 400 cidades com 350 mil entregadores e 500 mil lojas afiliadas. Atualmente, ela está se concentrando na expansão de seu segmento Turbo, que oferece tempos de entrega de 10 minutos ou menos em uma escolha de quase 4 mil itens, de acordo com Borrero.
A empresa vem se preparando para listagem pública há meses, contratando seu primeiro diretor financeiro (CFO), Tiago Azevedo, em abril. Quando perguntado sobre futuras rodadas de financiamento, Borrero disse que “idealmente” eles agora financiam o crescimento por meio da receita, em vez de vender dívida ou patrimônio.
A empresa atingiu as projeções de lucro e receita nos últimos oito trimestres, o que “nos torna uma empresa madura em termos do que podemos prometer ao mercado”, disse Borrero.
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