A transformação digital trouxe um avanço imenso para as empresas, mas em meio a tanto
progresso, algo essencial ficou para trás: o toque humano. Nas interações digitais, sentimos
a ausência dessa naturalidade, um traço central na nossa experiência enquanto
consumidores. É aqui que o WhatsApp, com seu foco em negócios conversacionais, entra
como protagonista. Ao unir pessoas e tecnologia, o aplicativo não apenas facilita o contato,
mas resgata a espontaneidade que perdemos na automação.
Neste cenário, não é surpresa que as novas ferramentas do WhatsApp tenham grande
adesão por aqui. Guilherme Horn, Head estratégico do WhatsApp no Brasil, China e
Indonésia, comenta em entrevista exclusiva ao Talk InvestNews que o brasileiro, sempre
ávido por novidades, adota imediatamente qualquer nova função lançada. “Muitas
atualizações são testadas primeiro no Brasil. O brasileiro é um dos maiores usuários do
mundo”, menciona.
LEIA MAIS: Como a Mondial fez para deter 38% do market share de eletrodomésticos no Brasil
Estamos em plena era conversacional, onde a naturalidade das interações humanas ganha
força novamente. Mas mais do que uma plataforma de mensagens, Horn revela que um dos
focos do WhatsApp é posicioná-lo como uma ferramenta estratégica para empresas. Não à
toa, os dados revelam que o envio manual de mensagens individuais ou por listas de
transmissão lidera os principais usos da ferramenta (45%), seguido por captação de leads
com botão de WhatsApp (44%) e a captação de Leads vindos de anúncios de mídia paga
(39%).
E o futuro promete ir além: o WhatsApp pretende incrementar Inteligência Artificial
generativa ao app e fazer jus ao slogan “cliente no centro”. Integrado ao contexto
conversacional, a expectativa é que o recurso amplie a capacidade humana,
potencializando a eficiência, versatilidade e personalização das interações.
No uso diário, é interessante notar as preferências pessoais de quem está à frente do
aplicativo. Culturalmente, os brasileiros gostam de facilidade e agilidade; contudo, segundo
Horn, o WhatsApp não pretende se tornar um super-app como o WeChat ou o Ifood.
“Acreditamos que cada vez as empresas usarão o WhatsApp para fazer negócio, mas
precisamos mantê-lo simples e fácil para o usuário. Uma das nossas prioridades hoje é
ajudar o consumidor a lidar com o excesso de informação”.
Ainda neste episódio, o executivo revela as estratégias de geração de receita e a postura da
plataforma diante da acirrada competitividade no setor de comunicação digital, os piores
erros das empresas ao tentar inovar e outros.
Guilherme Horn é especialista em inovação e transformação digital, além de ser o Head
estratégico do WhatsApp no Brasil, Índia e Indonésia. Autor do best-seller “O mindset da
Inovação”, o executivo também é o fundador da corretora Ágora e do banco digital Órama,
ambos pioneiros em suas áreas.
O Talk InvestNews é apresentado por Dony De Nuccio e conta com a participação de
Leandro Guissoni. Todo episódio um convidado conta a sua trajetória no mundo dos
negócios.
Veja também
- ‘Não existe varejo forte em país fraco’, diz Sergio Zimerman, da Petz
- Brava Energia, fusão de 3R e Enauta, embaralha o jogo das ‘junior oils’
- A brasileira que levou US$ 1 bi da Visa e está colocando bancos mundo afora na nuvem
- Alex Szapiro, do SoftBank, prevê fechar oito novos investimentos ainda este ano
- Mercados exageram na reação aos dados de emprego nos EUA, diz Solange Srour, do UBS