A Verde Asset Management negocia uma joint venture com a Vinci Compass Investments, que assumiria o controle após um período de cinco anos, segundo a Verde. Os documentos finais ainda não foram assinados, de acordo com a gestora, que não detalhou os termos financeiros do possível acordo.
O Verde, principal fundo da Verde, produziu um ganho de mais de 29.000% em moeda local desde a sua criação em 1997, transformando Stuhlberger em uma figura quase mítica na comunidade brasileira de investimentos.
Mas o fundo e a indústria em geral têm enfrentado resgates expressivos em meio a altas taxas de juros e a uma explosão na demanda por produtos isentos de impostos. Seus ativos sob gestão, que atingiram o pico de R$ 55 bilhões em 2021, caíram para R$ 17 bilhões ao final de junho.
Stuhlberger e equipe
Diversos funcionários deixaram a Verde ao longo do último ano, incluindo alguns de seus executivos mais antigos.
Stuhlberger reestruturou a equipe, assumindo as decisões de investimento nos fundos de ações Brasil e demitindo traders, enquanto o responsável pela área comercial também saiu, pessoas familiarizadas com o assunto disseram à época.
Stuhlberger, 70 anos, negociou futuros e commodities na Hedging-Griffo, e lançou seu fundo em 1997 com o apoio da corretora. Ele batizou o fundo de Verde em parte como um aceno à posição comprada em dólares que acumularia. Com a desvalorização do real em 1999, ele se transformou em uma sensação.
O Credit Suisse deteve uma participação minoritária na Verde até 2023, quando a vendeu para a Lumina Capital, empresa de gestão de ativos alternativos liderada por Daniel Goldberg, ex-CEO do Morgan Stanley no Brasil.
A Vinci Compass tinha R$ 305 bilhões em ativos sob gestão e assessoria em março, segundo seu site. A empresa não comentou sobre o possível acordo.
O Brazil Journal noticiou anteriormente sobre as negociações de venda.