A construtora e incorporadora Tenda obteve lucro líquido consolidado de R$ 72 milhões no quarto trimestre de 2020, recuo de 5,6% em comparação com o mesmo período de 2019. No acumulado do ano, o lucro totalizou R$ 200,3 milhões, baixa de 24%.
A diminuição do lucro reflete os efeitos da pandemia, que provocaram paradas temporárias das obras, com perda de produtividade. Também pesaram os aumentos nos custos de construção no período.
A margem bruta ajustada da companhia ficou em 31,5% no trimestre, queda de 1,9 ponto porcentual. E no ano, chegou a 32,2%, retração de 2,8 pontos.
A Tenda também apurou um prejuízo de R$ 2,7 milhões no trimestre com o seu novo negócio de construção industrializada (chamada pelo jargão de off-site), que ainda está sendo colocado de pé, sem gerar receitas.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado somou R$ 110,2 milhões no trimestre, alta de 10,3%, e R$ 330,0 milhões no ano, queda de 6,6%.
A receita líquida foi de R$ 685,9 milhões no trimestre, alta de 26,3%, e R$ 2,282 bilhões no ano, avanço de 17%, puxada pelo aumento das vendas.
O resultado financeiro gerou uma despesa líquida de R$ 7,1 milhões no trimestre, revertendo a receita líquida de R$ 4 milhões vista um ano antes. A inversão se deu porque a posição de caixa líquido diminuiu, e a queda da Selic reduziu a rentabilidade das aplicações.
A Tenda fechou o quarto trimestre com caixa líquido de R$ 148 milhões, diminuição de 25,8% em um ano.
A companhia reportou ainda queima de caixa de R$ 54,3 milhões no trimestre devido à antecipação das obras para aliviar o efeito do aumento nos custos dos materiais. No ano, houve geração de caixa de R$ 70 milhões.