A Tesla (TSLA34) fechou seu escritório em San Mateo, no Estado norte-americano da Califórnia, e demitiu cerca de 200 funcionários que trabalham no sistema de assistente de motorista Autopilot, disse uma das pessoas impactadas à Reuters, em um movimento visto como de aceleração do corte de custos.
A maioria das pessoas demitidas eram trabalhadores remunerados por hora, disse essa pessoa.
“A Tesla está claramente em um grande modo de corte de custos”, disse Raj Rajkumar, professor de engenharia elétrica e de computação da Carnegie Mellon University. “Esta (redução de pessoal) provavelmente indica que o segundo trimestre de 2022 foi bastante difícil para a empresa devido à paralisação em Xangai, custos de matérias-primas e problemas na cadeia de suprimentos”.
Os funcionários do escritório já haviam sido informados que se mudariam para uma unidade em Palo Alto gradualmente a partir deste mês, após o vencimento do contrato de aluguel de San Mateo, disse a pessoa. Mas a maioria dos trabalhadores foi demitida na terça-feira.
Alguns trabalhadores esperavam que a Tesla transferisse parte dos empregos para funcionários com salários mais baixos em Buffalo, Nova York, para economizar custos.
A Tesla não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters. Os cortes em San Mateo foram noticiados inicialmente pela Bloomberg.
Muitos funcionários no escritório da Tesla em San Mateo trabalham na anotação de dados – revisando e rotulando vários visuais coletados de veículos Tesla para ensinar o sistema Autopilot dos carros como lidar com certos tipos de cenários.
“Um dia meio decepcionante hoje. Eu e quase toda a filial de San Mateo da Tesla acabamos de ser demitidos”, disse Caeser Rosas, especialista em anotação de dados, em um post no LinkedIn.
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