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Negócios

Ação da Oi dispara 30% após interesse de Telefônica e TIM em comprar rede móvel

Operadora entrou com pedido de recuperação judicial em junho de 2016 para reestruturar uma dívida de quase R$ 65 bilhões; papéis das concorrentes também subiam.

A Telefônica, dona da Vivo, e a TIM decidiram negociar, em conjunto, a compra das operações móveis da Oi. Após a notícia, os papéis da operadora de telecomunicações (OIBR3) chegaram a disparar 25% por volta de 11h20, negociadas a R$ 1. A Vivo (VIVT4) também subia, em alta de 2,80%, enquanto a TIM (TIMP3) avançava 2,65%.

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A informação foi divulgada na noite desta terça-feira (10). Se o negócio for concretizado, a telefonia móvel do país ficará concentrada em três grandes operadoras (Claro, Vivo e TIM) e a Oi deixará a telefonia celular para restringir sua atuação em banda larga fixa, TV por assinatura e telefonia fixa.

As duas teles manifestaram ao assessor financeiro do grupo Oi, o Bank of America Merrill Lynch, “seu interesse em iniciar tratativas com vistas a uma potencial aquisição, em conjunto, do negócio móvel da Oi, no todo ou em parte”.

Caso a operação seja consolidada, segundo o comunicado, “cada uma das interessadas receberá uma parcela do referido negócio”, de acordo com nota divulgada pela Telefônica e pela TIM. As empresas informaram ainda que a transação pode criar valor aos acionistas e clientes, gerar eficiências operacionais e melhorar a qualidade dos serviços.

Recuperação judicial

A Oi, maior operadora de telefonia fixa do Brasil, entrou com pedido de recuperação judicial em junho de 2016 para reestruturar aproximadamente R$ 65 bilhões de dívida.

Em julho do ano passado, a companhia divulgou planos para levantar até R$ 7,5 bilhões com a venda de ativos não essenciais – incluindo torres, centrais de processamento de dados, imóveis e sua fatia de 25% na angolana Unitel. A Oi é hoje a quarta empresa em número de clientes na telefonia celular – serviço que mais rende receitas para as teles, principalmente devido aos dados.

O edital do leilão do 5G, em que será licitada a faixa de 3,5 GHz, já considera o cenário de apenas três grandes operadoras na telefonia móvel.

*Com Estadão Conteúdo

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