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Vale avalia cisão e IPO de metais básicos de olho no mercado de eletrificação

A intenção é agregar valor ao negócio, cuja demanda tem sido alavancada pelo mercado de transição energética.

Logo da Vale fotografado no RJ
07/08/2017 REUTERS/Ricardo Moraes

A mineradora Vale (VALE3) avalia a opção de realizar um “spin off” (cisão) da unidade de metais básicos e uma eventual oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), como forma de agregar valor ao negócio, cuja demanda tem sido alavancada pelo mercado de transição energética.

Leia também: Como o lucro da Vale saltou mais de 2.200% no 1º trimestre

A companhia já é uma das maiores produtoras globais de metais básicos, como níquel e cobre, importantes matérias-primas para a fabricação de baterias e outros componentes que atendem às indústrias de energias renováveis e carros elétricos.

O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirmou que a companhia sempre olha as opções que estão ao seu alcance e que atualmente a empresa já trabalha em um rearranjo de ativos, melhoria da produtividade e reposição de capacidade, tendo concluído recentemente a venda do deficitário VNC.

“Existe uma discrepância, que já existia no passado, de não percepção de valor de metais básicos dentro da Vale…claro que a gente olha essa opção (de realizar um ‘spin off’). A gente começou a analisar”, afirmou o executivo, ao participar de teleconferência com analistas de mercado sobre o primeiro trimestre.

“Temos que trabalhar nas fundações do negócio e estarmos prontos para as opcionalidades”, afirmou.

“As fundações… são projetos de reposição de capacidade…, que é importantíssimo para o negócio, inclusive se for fazer um IPO; os trabalhos de produtividade, que são obviamente necessários… e claramente a VNC, que a gente considera muito sucesso a saída de um ativo que obviamente não adicionava no portfólio.”

O executivo também destacou que a empresa se “vê de fato como uma das poucas empresas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), ‘green’, com portfólio muito forte de produtos de todos os níveis, de todas as dimensões ligados ao carro elétrico”.

Os estudos vêm após a empresa ter concluído compromissos importantes para reparações e indenizações relacionadas ao rompimento de barragens em Minas Gerais nos últimos anos, com grande número de mortes e de danos ao meio ambiente.

A empresa chegou a avaliar em 2014 a realização de uma cisão da unidade de metais básicos para realizar um IPO, mas o tema perdeu força após o rompimento de barragem da Samarco – joint venture da Vale com a anglo-australiana BHP -, em novembro de 2015.

O vice-presidente-executivo de Metais Básicos, Mark Travers, ressaltou que a empresa tem hoje melhor “fundação” e “narrativa” para a realização da cisão do que tinha em 2014.

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