A Vale reportou nesta quinta-feira (25) um lucro líquido de US$ 2,77 bilhões no segundo trimestre, montante mais de três vezes maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
A companhia, uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo, registrou lucro acima da expectativa de analistas consultados pela LSEG, que esperavam lucro de US$ 1,7 bilhão. O resultado foi também 65% maior que o registrado no primeiro trimestre, quando o lucro líquido somou US$ 1,68 bilhão.
A receita líquida da mineradora cresceu 3,3% para US$ 9,9 bilhões, em linha com o consenso. Já o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em US$ 3,9 bilhões.
Na prévia operacional divulgada há cerca de duas semanas, a mineradora apresentou produção recorde de 80,598 milhões de toneladas de minério de ferro, alta de 2,4% no ano. Já as vendas avançaram 7,3%, para 79,792 milhões de toneladas.
Apesar do bom desempenho operacional, a ação da Vale mostra uma queda acumulada de 17,9% no ano. Essa desvalorização se deve, em grande medida, à instabilidade na governança da companhia. E também a riscos de novas indenizações por conta das tragédias em Mariana e em Brumadinho – possíveis e gigantescas – e também advindos das perspectivas mais conservadoras para o preço do minério de ferro.
Em uma demonstração da pressão que cerca a mineradora, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse mais cedo nesta quinta-feira que o governo pode aplicar sanções mais duras à Vale para combater uma postura que chamou de “arrogante”, por conta do impasse sobre a indenização pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 2015. A companhia não comentou a fala do ministro.
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