A vida de empreendedor de Igor Teixeira de Sousa, de 29 anos, avançou rapidamente. Em um intervalo de sete anos, desde 2018, ele passou de um bar para uma casa de shows em São Paulo, com carta de drinks, apresentações de bandas, DJs e serviço de tabacaria.

O problema: a gestão não andou no mesmo ritmo do crescimento dos negócios.

A empresa seguiu com a lógica familiar clássica, com cinco integrantes se revezando em todas as funções, dois funcionários contratados e nenhuma distinção entre o que era da empresa e o que era da casa.​

A mesma conta bancária pagava o supermercado, a escola da irmã caçula, os fornecedores de bebidas e os impostos da casa de shows. Na hora de fechar o caixa, o número não batia com o que Igor e seus sócios calculavam, porque gastos pessoais tinham sido diluídos no meio das finanças da empresa. “Isso gerou muitas divergências entre nós”, admite.​

Incomodado com a sensação de que o dinheiro “sumia”, Igor decidiu estudar. Buscou conteúdos sobre finanças e montou planilhas para acompanhar fluxo de caixa e estoque. A maior virada foi começar a separar as despesas da empresa e da família, medindo o lucro com mais precisão e definindo limites de gasto para cada sócio.​

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“Quando tudo está na mesma conta, a empresa parece ter dinheiro quando não tem, ou parece quebrada quando está saudável. Isso distorce completamente a visão do negócio”, diz Fabrício Tonegutti, especialista em direito tributário e diretor da Mix Fiscal.

Caixinhas PJ para organizar as contas da empresa

Se começar a separar o dinheiro manualmente já mudou a rotina de Igor, fazer isso dentro de uma ferramenta pensada para o dia a dia do empreendedor pode levar a organização para outro patamar.

As Caixinhas PJ do Nubank foram criadas para resolver três desafios dos empreendedores: a falta de organização das contas, a necessidade de reservar recursos para objetivos futuros e a demanda por manter o dinheiro rendendo, em vez de parado na conta. 

Na prática, as Caixinhas PJ permitem criar “gavetas” na conta PJ para separar o dinheiro para objetivos específicos, nomeadas como “Impostos”, “13º salário”, “Capital de giro” ou “Reserva de emergência”, por exemplo. Em vez de acompanhar um saldo único, o empreendedor passa a ver os recursos segmentados e sabe exatamente quanto já há reservado para cada compromisso.

“As Caixinhas são uma forma prática de guardar dinheiro para organizar as finanças com tranquilidade. O cliente pode criar quantas quiser, seja pensando em imprevistos, seja pensando em investimentos para fazer seu negócio avançar”, diz Maximiliano Damian, diretor-geral do Nu Empresas.

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“O saldo único mostra um número bonito, mas não diz quanto já está comprometido”, diz Tonegutti. Ao separar o dinheiro por finalidade, o empresário deixa de se perguntar quanto tem e passa a se perguntar quanto tem para cada coisa. Isso muda a forma de decidir investimentos, contratações e expansão, avalia o especialista.

Metas claras e facilidade para guardar dinheiro

As Caixinhas PJ também permitem definir metas para cada objetivo, com acompanhamento visual do progresso até lá. É possível ainda configurar aplicações automáticas: basta escolher o valor, a data e a caixinha que o sistema realiza o aporte, sem que o empreendedor precise lembrar da transferência todo mês – desde que haja saldo disponível na conta.

Os dados do Nu Empresas mostram que 90% dos clientes que usam a funcionalidade criam até três Caixinhas PJ. Deles, 54% iniciam uma nova Caixinha pensando em planos para o futuro de suas empresas, enquanto 19% têm a organização financeira como principal objetivo.

Rendimento de 100% do CDI com proteção do FGC

Além de organizar as contas, as Caixinhas PJ fazem o dinheiro trabalhar pela empresa. Os valores aplicados são investidos em um produto de renda fixa – um RDB – que rende 100% do CDI, principal indicador de referência para investimentos. E há proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para valores de até R$ 250 mil por CNPJ.​

Os valores aplicados nas Caixinhas PJ rendem desde o primeiro dia, mas os ganhos retroativos só ficam disponíveis após 30 dias do depósito. O cliente pode retirar o saldo a qualquer momento. No entanto, se o resgate for feito antes de 30 dias, não haverá rendimento. Após esse período, os rendimentos acumulados são incluídos no valor do resgate.​

Da bagunça financeira aos planos para o futuro

Ainda dando os primeiros passos na organização das finanças da casa de shows, a família de Igor já consegue tomar decisões mais bem embasadas, como criar promoções para girar bebidas que estão vendendo pouco. Além disso, foi possível criar a “poupança da empresa” para guardar parte do lucro e pensar em novos projetos.

Com a experiência acumulada e olhando para o futuro, o plano é quantificar o estoque com rigor, reformar o espaço atual, implantar um sistema de delivery em 2026 e abrir uma segunda casa em 2027. “Quando o negócio começa a dar certo, a gente precisa manter o pé no chão”, diz Igor. Sem deixar de sonhar.