Gabriel Galípolo

Troca de comando

Galípolo assumiu, em 1º de janeiro de 2025, o comando do Banco Central do Brasil. Ele ficará à frente da autoridade monetária até 2028 no lugar de Roberto Campos Neto, que encerrou o mandato em 31 de dezembro.

Presidente mais jovem do BC neste século

Antes de ser cotado para presidir o BC, Galípolo foi diretor de Política Monetária da instituição e secretário-executivo do Ministério da Fazenda em 2023, sendo o braço direito do ministro Fernando Haddad.

Galípolo será o mais jovem a ocupar o cargo neste século — ele tem 42 anos. Também será o mais novo a presidir o BC desde Armínio Fraga, que tinha 41 anos quando assumiu o posto, em 1999.

É visto como uma figura de boa articulação, com trânsito entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o mercado.

O que pensa Galípolo sobre 5 temas

Reforma Tributária

“[Este] tema tem sido debatido constantemente pelos diretores do Banco Central, que é a necessidade de a gente se aprofundar em estudos para saber qual é o impacto da Reforma Tributária nos preços de mercado, especialmente de como vão se dar essas distribuições entre setores, por exemplo, serviço e indústria, e também entre consumo e investimento.”

Inflação

“Existem numerosos desafios pela frente, como a consolidação de uma agenda capaz de criar uma economia mais equânime e transparente, capaz de combinar maior produtividade e sustentabilidade, o que envolve o compromisso permanente do Banco Central no combate à inflação.”

Banco Central e governo Lula

“As metas e objetivos são estabelecidos pelo poder democraticamente eleito. Uma vez estabelecida, cabe ao BC persegui-la. Esta é a definição que existe.”

Balança comercial

“O Brasil apresenta, hoje, um superávit comercial sólido e estrutural, graças à produtividade e à competência dos seus empresários, com destaque à competitividade do setor agro brasileiro. Além disso, o Brasil se solidificou como exportador líquido de petróleo, combinado com uma matriz energética limpa e diversificada. Ter segurança alimentar e energética é uma vantagem especialmente relevante em momentos de tensões políticas elevadas. Tudo isso representa um enorme avanço, em contraste com as condições observadas na década de 70, que, em última análise, contribuíram para a crise da década de 80.”

Taxa de juros

“Adoraria poder me vangloriar e dizer: já tive a coragem. Porque em um ano e meio eu já subi, cortei e mantive [a taxa básica]. Já completei a caderneta. Já fiz as três opções possíveis que um diretor de Política Monetária pode fazer.”