Siga nossas redes

Boletim IN$

Guedes volta a falar sobre criação de imposto digital

Medida seria compensação à desoneração da folha de pagamento.

O ministro da economia, Paulo Guedes, voltou a falar sobre a criação de um imposto sobre transações digitais nesta quinta-feira (12). A justificativa seria utilizar essa arrecadação para compensar a desoneração da folha de pagamentos. Esse é o destaque do Boletim InvestNews, com Karina Trevizan. 

Guedes afirmou que a equipe econômica não quer criar impostos, mas sim promover uma “substituição tributária”, ou seja, acabar com alguns tributos e adotar outros. “Foi nesse sentido que consideramos essa alternativa de tributação, mas sempre com a perspectiva que não há aumento de impostos”, disse o ministro em evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). 

Guedes falou ainda sobre a extensão do auxílio emergencial caso o Brasil seja atingido por uma segunda onda de Covid-19. “Se houver uma segunda onda de pandemia, não é uma possibilidade, é uma certeza. Nós vamos ter de reagir. Mas não é o plano A”, afirmou. 

Leia também: Com auxílio emergencial, renda no Brasil fica 3% maior que habitual

Outro assunto abordado foi o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021, que, segundo Guedes, pode chegar a 4%. A projeção é maior que a dos analistas financeiros, que, segundo o Boletim Focus do Banco Central, estimam crescimento de 3,31%. Já a previsão oficial do Ministério da Economia é de avanço de 3,2%. 

O dia foi marcado ainda pela divulgação do resultado do setor de serviços em setembro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), houve alta de 1,8%, acima da projeção de 1,1% do mercado. Foi a quarta alta consecutiva, mas o setor ainda não conseguiu recuperar as perdas da pandemia. 

Ainda nesta quinta, o BC divulgou o boletim regional, indicando que a a inflação acumulada até setembro foi maior para os mais pobres, ou seja, famílias com renda de 1 a 3 salários mínimos. O motivo é o maior gasto proporcional com alimentação em domicílio. Para esse grupo,  inflação está em e 2,29% no acumulado do ano. No grupo de 3 a 10 salários mínimos, a alta nos preços é de 1,35%. Já entre as famílias que ganham de 10 e 40 salários mínimos, a inflação acumulada é de 0,32%.

Do cenário externo, foi divulgada a inflação dos Estados Unidos, que ficou estável. O resultado poderia permitir ao Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) manter a taxa e juros mais baixas por mais um período, como forma de ajudar na recuperação da economia. 

Ainda nos Estados Unidos, o número semanal de pedidos de seguro-desemprego ficou em 709 mil, melhor que a previsão de 735 mil do mercado e a mínima em 7 meses, segundo a agência de notícias Reuters. 

Já na Zona do Euro, foi divulgado que a produção industrial caiu 6,8% em setembro, pior que os 5,8% previstos pelo mercado. 

Abra sua conta! É Grátis

Já comecei o meu cadastro e quero continuar.