Com as empresas ocupando menos espaços nos escritórios devido à adoção em massa do home office com a pandemia, aumentou a vacância de prédios corporativos. Muitas companhias estão devolvendo parte dos espaços ou readequando os ambientes para manter distanciamento entre as mesas de trabalho dos funcionários. Mas a pergunta que fica, é: será que essa realidade veio para ficar?
Por enquanto é difícil prever o futuro, porém, essa realidade afetou diversos setores, entre eles, os FIIs de lajes corporativas. O rendimento distribuído aos acionistas dos fundos imobiliários foi diretamente comprometido. Além disso, a maioria destes FIIs estão sendo negociados abaixo do seu valor patrimonial (ou seja, você consegue comprá-los no home broker mais baratos do que valem os imóveis que o fundo detém). E isso é reflexo do receio que o mercado tem de que a pandemia mude radicalmente o setor.
Por outro lado, quem continua apostando no setor diz que o impacto do home office não vai ser tão grande assim, principalmente nos imóveis de maior qualidade e mais bem localizados, que é o caso da maioria dos imóveis que os fundos BRCR11, JSRE11 E O HGRE11 detêm. Estes são os 3 maiores FIIs de lajes da bolsa.
O BCRT11 encabeça a lista, já que é o maior nessa categoria. O fundo existe desde 2007, tem mais de 118 mil cotistas e é administrado e gerido pelo BTG Pactual. Ele tem participação em 14 imóveis corporativos, sendo 10 em São Paulo e 4 no Rio, e quase 229 mil metros quadrados de área bruta locável. 79% da receita contratada é na capital paulista e 21%, na capital carioca.
Já o JSRE11 é o segundo na lista e tem uma história curiosa, pois surgiu em 2011 como um fundo de papel, em 2014 se juntou a outros dois FIIs do banco Safra (o JSIM11 e BCJR11) e virou uma espécie de fundo de fundos (também conhecidos como FOFs). Só recentemente, se consolidou como um FII de lajes corporativas, com a aquisição da Tower Bridge.
O terceiro maior na categoria é o HGRE11. O fundo existe desde 2008 e tem R$ 1,9 bilhão em patrimônio e mais de 103 mil cotistas. O fundo possui participação em 21 imóveis em 6 cidades de 4 estados (São Paulo, Rio, Paraná e Rio Grade do Sul).
No Cafeína de hoje, Dony De Nuccio e Samy Dana trazem todos os números destes fundos, os rendimentos aos seus acionistas, além dos prós e contras dos 3 maiores FIIs de lajes da bolsa.
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