A mídia costuma destacar os grandes ganhadores, ignorando os perdedores. É essencial lembrar que por trás de cada negociação há duas partes e que, se uma está ganhando, a outra está perdendo.
1. Invista em algo que você compreenda
É importante que você entenda aquilo em que está investindo, mesmo que de forma básica. Se não consegue explicar o investimento para um familiar ou amigo, talvez não seja para você. É mais doloroso sofrer perdas sem compreender o motivo.
Se não compreende seu investimento, considere buscar a ajuda de um consultor financeiro, que poderá orientá-lo a alcançar seus objetivos.
2. Escolha investimentos que você acredita
Em meio ao alvoroço do mercado, é crucial investir em algo no qual você que acredita, ao invés de seguir tendências. A crença em um investimento ajuda a manter a posição a longo prazo, resistindo à volatilidade e as incertezas. Caso siga apenas as tendências, estará sujeito a mudanças frequentes.
3. Considere seu apetite ao risco
Se eu lhe disser que um investimento valorizou 158% no ano, você se sentiria atraído para adicioná-lo a sua carteira? E se eu lhe disser que o mesmo ativo desvalorizou 43% no ano anterior, qual seria sua reação?
Investimentos voláteis tendem a sofrer grandes oscilações em momentos de incerteza. Se você não tolera bem esses altos e baixos, pense duas vezes antes de entrar nesse mercado.
4. Alinhe seus investimentos com seu planejamento financeiro
Todos nós queremos o máximo de retorno em nossos investimentos. O problema é que ter esse objetivo não proporciona nenhuma orientação útil sobre como investir – e colocará você à mercê de indicações momentâneas, sem base e comprometidas por outros objetivos, que não os seus. Investir requer planejamento e estratégia.
5. Considere opções tradicionais
Ações e títulos têm um histórico comprovado de auxiliar as pessoas a alcançar seus objetivos financeiros. Ao contrário de investimentos modernos, as ações têm um valor vinculado à empresa e sua capacidade de gerar receita no futuro, o que as torna mais estáveis e mensuráveis.
Em resumo, investir não é um desfile de moda, onde se troca de roupa a cada nova tendência ou novo produto. Investir e construir um patrimônio financeiro requer parâmetros próprios e objetivos correspondente a um horizonte temporal definido.
O mais importante é fazer com que os seus objetivos sejam o foco da sua estratégia.
A maior falha no processo de desenvolvimento financeiro e patrimonial é aderir a investimentos da moda, ceder as recomendações dos assessores de investimento, comprar cotas de fundos ou sustentar posições agressivas, sem um plano de investimentos, composto por propósitos e metas.
]]>Com sua própria gestora, que conta hoje com R$ 25 milhões sob gestão, a missão encontrada pelo ex-jogador é fazer o planejamento financeiro de atletas na ativa, uma vez que muitos ao se aposentarem ainda jovens, acabam por não construir uma renda vitalícia. Mas o ex-jogador aponta que faz a gestão para além dos profissionais esportivos.
Em tempos de manchetes sobre atletas que perdem milhões ao cair em sistemas de pirâmides, especialmente envolvendo criptomoedas, Dudu aponta em entrevista ao InvestNews que esses casos foram um divisor de águas.
“Alguns jogadores me procuram, outros não. Eu costumo dizer pro atleta que a riqueza dele é o trabalho, mas que o mercado financeiro é para proteger capital e alavancar ao longo da vida para ter renda passiva futura”.
O gestor alerta para o fato de que quando um atleta chega aos 30 anos, ele não percebe que o rendimento em campo começa a “descer a ladeira, o que é natural”, aponta. “Tem quem pense que pode chegar aos 35 em altíssimo nível – e sei que alguns podem – mas quando um jogador não está nesse movimento, a sua renda começa a cair”.
Segundo Cearense, há jogadores que conseguem fazer bons contratos anuais, mas isso pode não ser sustentado ao longo dos anos, uma vez que é normal acontecerem rescisões com clubes onde o salário é alto. Há ainda chances de o atleta cair para uma série “B”ou “C”.
“Se ele construiu muito patrimônio nesse tempo, mas não tem liquidez, o que vai acontecer? Vai ter que começar a queimar esse patrimônio para pagar as contas e manter o padrão de vida. É aí que entra o meu trabalho”.
dudu cearense
Ainda assim, o analista aponta não dar conselhos para ninguém, mas sugestões. “Quando falo com um atleta costumo dizer que eu estou preocupado não com quanto ele ganha, mas em quanto consegue poupar.”
O ex-jogador fala no sentido de poder proporcionar ao atleta o mesmo salário para o resto da vida mesmo que este encerre a carreira na casa dos 30 anos.
Já para os que ainda têm uma estrada mais longa pela frente, a recomendação é a proteção de capital. “Muitos que moram fora ainda não conhecem a parte de investimentos internacionais. Mas se a pessoa fatura em dólar e investe em real, tem uma coisa muito errada aí”.
Utilizando jargões que vão desde spreads, valuations, downdrawn, volatilidade, taxa de juros futuros até teorias como a da “Pirâmide de Maslow”, Dudu aponta não rechear o discurso com palavras técnicas aos jogadores – “que não querem escutar isso” – mas indo direto ao ponto.
“Falo pro cara que ganha R$ 20 mil hoje que ele precisa de R$ 4 milhões líquidos na conta para ter a mesma renda na aposentadoria”. Para esse cálculo o ex-jogador leva em consideração uma taxa de juros de 0,50% ao mês. O conservadorismo, segundo ele, é para manter os pés do cliente no chão.
Apaixonado pelo mercado financeiro mesmo antes de se aposentar, o ex-jogador da Seleção Brasileira apontou que seu start para se profissionalizar foi quando percebeu que já tinha construído um patrimônio, mas não tinha liquidez.
“Antes eu só investia em imóveis uma vez que as pessoas só enxergavam esse meio como forma de investimento. Mas apesar de construir um patrimônio, percebi que eu não tinha liquidez. Foi nesse momento que me deu um start: acho que eu vou estudar mercado financeiro”.
Foi em 2019 que, ao encerrar a carreira pelo Botafogo, o ex-jogador começou a estudar economia, bacharelado que termina ainda este ano. Ele também tirou duas certificações, que são a de assessor de investimentos e especialista de investimentos, pela Anbima. “Para mim, essas são grandes vitórias no pós carreira, o que me possibilita a trabalhar onde quiser no mercado financeiro”.
Depois de uma passagem pela LifeTime Asset Management, do BTG Pactual, onde geria uma carteira de quase R$ 100 milhões, Dudu montou a própria gestora, a Okto Investimentos, que conta com R$ 25 milhões sob gestão e cerca de 10 atletas assessorados (além de clientes fora do ramo). O ex-jogador define a empreitada como uma boutique de investimentos no segmento prime.
“O Dudu hoje especialista em investimentos jamais existiria sem o Dudu jogador de futebol. Se hoje eu me tornei um CEO da minha própria empresa, empreendendo, foi porque eu também fui um atleta da vida”, respondeu ao ser questionado sobre o balanço nas diferentes carreiras.
Já sobre qual das profissões ele sente maior pressão, a de atleta ganha em disparado.
“Eu costumo dizer que futebol e mercado financeiro não se conversam porque são mundos diferentes. O que mudou é que eu busco todos os dias a adrenalina que eu tive no futebol. E isso encontrei no mercado financeiro. Vou para uma reunião grande e fico na expectativa de fechar o negócio”
Mas sobre pressão, reitera:
]]>“Eu não vou receber bombas no ônibus, na minha casa, não vou receber ameaças porque a carteira de investimentos está caindo. Não vai ter milhares de torcedores gritado: o CDB caiu, seu filho da mãe!”
Além disso, novas investidoras registraram um saldo médio em renda variável três vezes maior: R$ 26 mil, contra R$ 9,8 mil entre os homens.
“A minha percepção é de que a mulher se prepara mais para entrar na bolsa. Seja buscando informações ou mesmo juntando mais dinheiro antes de começar a investir [..]”, afirmou em comunicado Christianne Bariquelli, superintendente de Educação da B3.
Em 2023, as ações estiveram entre os investimentos mais escolhidos por mulheres. Entre as mais de 1,253 milhão investidoras de renda variável, 951,9 mil investiram na modalidade. Seguido pelo Tesouro Direto, que contabilizou 903,6 mil. Os fundos Imobiliários (FIIs) foram o terceiro produto mais procurado, com 641,9 mil investidoras.
Além disso, o FII foi o produto que mais cresceu entre as mulheres no último ano, com alta de 19,13%.
Em 2023, a maior parte das investidores de renda variável (46%) tinha entre 25 e 39 anos, seguida pela faixa dos 40 a 59 anos (34%). Nos últimos 5 anos, a faixa etária que mais cresceu percentualmente foi a de 18 a 24 anos (1.816%).
O número de mulheres que investe em renda variável saltou 658% desde 2018, para 1,253 milhão em 2023. Entre as investidoras do Tesouro Direto, houve um avanço de 260% no período.
Por outro lado, segundo a B3, os homens entram em maior quantidade do que as mulheres na bolsa. Há cinco anos, a quantidade de novos investidores homens era de 173,9 mil por ano e de mulheres, de 49,8 mil. Atualmente, o número é de de 1,1 milhão de homens contra 253,8 mil mulheres por ano.
]]>O levantamento usa como base um conceito criado pelo investidor e gestor de fundo hedge Joel Greenblatt, que propôs uma fórmula simples combinada com a ciência. A estratégia se baseia em um sistema de pontuação e classificação para identificar empresas lucrativas e de alta rentabilidade de capital – mas que sejam negociadas com desconto.
Logo, a “Fórmula Mágica de Greenblatt” aponta para dois indicadores essenciais: o Retorno Sobre o Capital Investido (ROIC) e o EV/EBIT – métrica que compara o valor da empresa (Enterprise Value, EV) com seu lucro antes de juros e impostos (Earnings Before Interest and Taxes, EBIT).
Para obter o ROIC, é preciso dividir o lucro operacional líquido de impostos pelo capital investido total, que inclui dívidas e patrimônio líquido. Um ROIC alto é geralmente interpretado como sinal de que a empresa está utilizando seu capital de maneira eficaz para gerar lucros.
E, segundo a Economatica, a Kepler Weber (KEPL3) obteve a melhor nota. A empresa apresentou um ROIC de 38,9% no último resultado, o que aponta para a eficiência de sua operação.
“Empresas como CSN Mineração (CSNA3) e Petrobras (PETR4) também se destacam por sua eficiência e têm se beneficiado de um mercado de commodities favorável, estando entre as mais rentáveis em termos de ROIC nos últimos cinco anos”, aponta a Economatica. Odontoprev (ODPV3), Cury (CURY3) e Metal Leve (LEVE3) também se destacam, com ROICs médios superiores a 28%.
Já quando se olha o EV/EBIT, indicador que oferece uma visão mais abrangente do valor da empresa do que simplesmente seu valor de mercado, quanto menor ele for, significa que o preço da ação está descontado frente ao lucro operacional gerado.
“Tecla Sap”: o EV leva em conta o valor de mercado total da empresa, adicionando as dívidas e subtraindo o caixa; já o EBIT é uma medida da capacidade de geração de lucro operacional da empresa, excluindo os efeitos das decisões de estrutura de capital e impostos. Mas este não é um indicador válido para todos os setores.
Sendo assim, a Allos (companhia criada da fusão entre as gigantes Aliansce Sonae e brMalls) tem a primeira posição do levantamento, negociada a 2,6 vezes o seu EBIT, seguida por Gerdau (GGBR4) e Petrobras, ambas avaliadas em cerca de 3,5 vezes o EV/EBIT.
Tendo as pontuações das companhias, as que apresentarem simultaneamente um EV/EBIT baixo e um ROIC alto, tende a indicar que o preço de mercado da empresa está baixo em comparação a seu lucro operacional – o que tende a entregar bons retornos no futuro. Sendo assim, a Kepler Weber (KEPL3) é destaque, com boa pontuação em ambos indicadores.
Metal Leve (LEVE3) e Petrobras (PETR4) também apresentam ROICs elevados. Veja lista completa abaixo:
Para avaliar o conceito de Greenblat, a Economatica construiu uma carteira fictícia baseada na estratégia, utilizando dados entre 2020 a 2023. Foram escolhidas as 10 empresas com as melhores pontuações combinadas de ROIC e EV/EBIT, distribuídas em pesos iguais para garantir uma comparação igualitária. Foram excluídas companhias de utilidades públicas, bancos e seguradoras.
Desde o início da simulação, em 31 de março de 2020, a carteira acumulou uma valorização de 90%, superando o Ibovespa, que registrou 74% de alta no mesmo período. O ápice dessa performance ocorreu no início do segundo trimestre de 2021, quando a carteira atingiu crescimento de cerca de 140%, contra os 80% do índice.
Segundo a Economatica, o estudo aponta como a manipulação e replicação de dados podem ser eficazes ao se utilizar uma metodologia já estabelecida.
]]>Resposta de Felipe Spritzer*: “Essa é uma pergunta muito interessante e gostaria de parabenizar essa pessoa por avaliar diferentes aspectos do fundo para além do rendimento, considerando aqui a liquidez. No caso, esse termo designa quanto tempo você deve esperar entre o pedido de resgate e o recebimento do valor na sua conta de investimentos.
Para entender melhor essa dúvida, precisamos entender um pouco melhor como funcionam os fundos de investimento e por que essa liquidez mais baixa é algo normal no mercado financeiro. Depois, podemos pensar em como se organizar para investir em ativos de menor liquidez e como avaliar o seu risco-retorno.
Quando nós investimos em um fundo, estamos delegando a uma equipe de gestão o direito de investir parte do nosso dinheiro, segundo um conjunto bem definido de regras. Elas incluem tanto o(s) mercado(s) aos quais teremos exposição, qual o tamanho de cada classe de ativos na carteira, se haverá ou não alavancagem, entre várias outras coisas.
Para ficarmos num nível mais básico, podemos falar sobre os fundos de renda fixa (FIRF), que são os mais comuns no Brasil. No caso, seu rendimento mais alto frente ao CDI vem da exposição a títulos de renda fixa de crédito privado. Isso envolve principalmente debêntures, que são empréstimos feitos a grandes empresas.
Entretanto, como o Brasil é um mercado emergente, esses papéis tem uma liquidez mais baixa e não são negociados com tanta facilidade. Isso é um problema para os fundos, pois, para honrarem os pedidos de resgate, muitas vezes eles precisarão vender os ativos da carteira, e não há liquidez no mercado de debêntures, não será possível fazer isso, ao menos não sem incorrer em perdas altas.
Diante desse problema, os fundos tem duas opções. A primeira delas é oferecer uma liquidez mais baixa para os resgates, que seria o caso de um fundo como esse, que precisa de cerca de 30 dias úteis para conseguir se desfazer de parte da carteira para honrar os resgates. A segunda opção é aumentar a liquidez do resgate, mas isso implica em investir bem menos em crédito privado e aumentar a exposição a títulos públicos, como o Tesouro Selic, gerando retornos mais baixos.
Como você pode ver, você está diante de um problema econômico clássico: se quiser mais retorno, precisará correr mais riscos e isso envolve tanto o crédito privado quanto uma liquidez mais baixa. Se quiser correr menos riscos, tanto de crédito quanto de liquidez, terá que se contentar com rendimentos mais baixos.
Em linhas gerais, a solução é que você se organize para dosar essas duas fontes de risco e retorno. Para simplificar, vamos imaginar um portfólio que investe apenas em fundos de renda fixa. O que você precisará pensar, então, é que uma parte dessa carteira precisará ter uma liquidez mais alta e outra parte ficará responsável por gerar mais altos, onde você aceita abrir mão da liquidez.
Quanto você terá em cada uma depende muito da sua situação. Se você está construindo uma reserva de emergência, deverá buscar o máximo de segurança e liquidez investindo num fundo que replique o CDI. Se você tem uma reserva robusta, pode manter 30% em fundos de alta liquidez e 70% em fundos com liquidez baixa, mas alta exposição a crédito privado, com resgates que podem chegar até a 90 dias.
Finalmente, sobre a questão do retorno obtido em relação ao risco, essa é uma questão um pouco mais complexa. Para sabermos se o retorno de um fundo foi bom ou não, precisamos compará-lo com o retorno do mercado como um todo, e isso envolve selecionar um índice apropriado.
No caso dos fundos de crédito privado, geralmente comparamos sua performance com o índice de debêntures Di da Anbima (IDA-DI), que está disponível no site da associação. Para fundos de ação, olhamos sua performance frente ao IBRX 100, que utiliza uma metodologia muito mais adequada que o Ibovespa para medir o retorno do mercado de ações brasileiro.
Para outros casos, um caminho é comparar o rendimento do fundo com o de outros da mesma classe de investimentos. Então, se for um fundo de crédito privado, veja como se saíram outros fundos de crédito privado; se for um fundo multimercado, olhe para outros multimercado; e assim por diante.”
* Felipe Spritzer, especialista em investimentos, fundador e CEO da Portfel, empresa de consultoria de investimentos do Grupo Primo.
*As informações neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação. Envie sua pergunta para [email protected]
Vale sim a pena aproveitar ofertas de bancos e produtos que remuneram acima de 100% do CDI, mas apenas quando a taxa Selic está elevada. No entanto, é crucial se atentar para a liquidez do título, já que alguns produtos exigem prazos mais longos, ou seja, pode resultar em deságio em caso de saque antecipado.
Além disso, é fundamental que o investidor avalie a saúde financeira do emissor, considerando indicadores como o índice de Basiléia e o Rating do banco. Embora CDBs, LCs, LCIs e LCAs contem com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), tomar esses cuidados pode prevenir a necessidade de o investidor ter que acionar o fundo em situações adversas.
Outro ponto importante é considerar o cenário que se aproxima. Segundo o último relatório Focus (15/09/2023) a Selic deve fechar 2023 em 11,75%a.a., 2024 em 9%a.a. e 2025 em 80,5% a.a., então, avaliar ativos prefixados para prazos mais longos, considerando a provável baixa da Selic, pode ajudar e muito na rentabilidade da carteira.
Portanto, a última dica é utilizar o lado racional ao pensar em investimentos. Ao tomar decisões financeiras, a prudência e a análise criteriosa devem sempre ser aliadas à busca por retornos atrativos.
*Educadora financeira e autora do livro “Vida financeira, descomplicando, economizando e investindo”. É palestrante e assessora de investimentos, reconhecida como autoridade nas áreas de finanças e investimentos, com mais de 25 anos de experiência profissional. É sócia do escritório RV4 Investimentos, em São Paulo.
*As informações neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação. Envie sua pergunta para [email protected]
]]>Resposta de Cadu Guerra, especialista em finanças: “É muito perigoso fazer afirmações como ‘a renda fixa acabou’ ou ‘a renda fixa está morta’. Antes de mais nada é muito importante ressaltar que uma boa estratégia de investimentos tem como um dos pilares a diversificação. Por isso, excluir por completo uma classe de ativos do radar pode, em muitos casos, ser uma decisão ruim do investidor.
Sabendo disso, antes de afirmar qualquer coisa sobre a renda fixa, é importante entender que essa resposta depende do contexto de cada investidor, seus objetivos, o prazo pelo qual pretende invetir, entre outros fatores.
Muitas vezes os investidores são levados a pensar que na renda variável existem possibilidades de ganhos assimétricos. De fato, podem existir situações de ganhos acima da média. Apesar disso, o risco ao qual o investidor se expoe também é proporcionalmente maior.
Mesmo com as recentes quedas na Selic e com a provável tendência de que continue caindo, ainda existem sim muitas opções interessantes em renda fixa. Porém, é importante que o investidor avalie: qual é o nível de risco ao qual fica confortável se expondo? O objetivo dele é de curto, médio ou longo prazo? Liquidez é um fator importante? Avaliando todos esses pontos o investidor pode definir se uma oportunidade é boa ou ruim para ele.”
*As informações neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação. Envie sua pergunta para [email protected]
]]>É o que alerta Jefferson Souza, CFP, Head de Operações da Semeare Investimentos. “À medida que o mundo enfrenta desafios como mudanças climáticas, desigualdades sociais e questões de governança, os investidores buscam maneiras de não apenas obter retornos financeiros sólidos, mas também contribuir para um futuro mais sustentável e ético”, comenta.
Souza listou 5 ativos que ele recomenda para quem busca investir de maneira sustentável e, ao mesmo tempo, obter rentabilidade. No entanto, ele pondera que é preciso estar atendo ao perfil de risco antes de optar por algum ativo.
Veja abaixo:
Souza explica que a gestora é focada exclusivamente em ESG/Impacto. “Forte em Venture Capital, abriu seu primeiro fundo de investimentos com liquidez há um ano. A seleção de emissores de ativos é feita exclusivamente a partir da lista resultante da aplicação das metodologias próprias e a gestora segue com a revisão periódica das análises para atualização da elegibilidade dos emissores.”
O analista destaca que a gestora tem mais de 28 anos de experiência na América Latina e é “pioneira em análise ESG das empresas investidas, com uma metodologia própria de análise e ênfase em governança corporativa, adotada para todos os fundos”.
“O fundo ESG passa por esse mesmo estudo e faz uma triagem de pontuação mínima de 70 pontos”, diz Souza.
“O título verde emitido pelo BV é uma ótima opção de investimento sustentáve”, diz Souza. “O CDB caracterizado como Green tem como objetivo a captação de recursos que serão utilizados exclusivamente em financiamentos de projetos e/ou ativos relacionados à energia renovável do portfólio do banco BV.”
Ele destaca ainda que os CDBs contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) que, no caso de insolvência, cobre até R$ 250 mil por emissor, limitado a R$ 1 milhão.
CRA é um título de crédito privado isento de Imposto de Renda. “A FS Bio é uma empresa que extrai etanol do milho e utiliza o bagaço para ração animal. Totalmente sustentável e em linha com nosso propósito”, diz o analista.
Souza recomenda esse investimento para pessoas que têm uma tolerância maior a riscos. Ele aponta que B3 (B3SA3) tem “ótima atuação em governança corporativa e liderança feminina”.
“Os conselhos administrativos, fiscal e diretoria estatutária com composição mista são ativos em programas de inclusão, tanto internamente quanto em liderança de iniciativas para as companhias listadas. A empresa também tem programas ativos para incentivar mulheres a investirem na bolsa”, comenta.
]]>Resposta de Diego Hernandez*: “Olá Leonardo, o processo de escolha de ações é sempre um momento que envolve bastante ansiedade para tentar acertar o time certo de mercado e escolher a melhor oportunidade. Adianto para você que acertar esse momento eficiente e mais correto possível é muito difícil, portanto vão aqui algumas sugestões para melhorar o seu processo decisório:
1- Atente-se ao ciclo econômico. É um ciclo que favorece o lado real da economia? E ao setor do qual sua ação está? A exemplo, estamos no início do processo de flexibilização da política monetária. Momento ideal para a economia real.
2 – Veja o gráfico da ação que está comprando com um horizonte de tempo longo. Veja quais foram as regiões respeitadas de fundo e topo.
3 – O mercado tem falado muito sobre o ativo que pretende comprar? Pois por mais que a empresa seja ‘um achado’, o mercado como um todo precisa ter essa mesma interpretação para que o ativo se valorize.
4 – Por fim, compare os múltiplos (relação de preço do ativo com dados contábeis, exemplo, P/VP, P/L, ROE e etc) com os pares de mercado para entender se efetivamente a ação está mais cara do que as outras e por que.”
* Resposta do economista e diretor da Ativo Investimentos, Diego Hernandez.
*As informações neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação. Envie sua pergunta para [email protected]
]]>Conhecer esta diferença poderá ajudá-lo a montar suas posições de investimento adequadas ao perfil e objetivos, além de orientá-lo sobre o tipo de instituição e profissional, que irá apoiar o desenvolvimento das suas estratégias.
Negociadores ou traders do mercado financeiro aproveitam a variação dos preços, no curto prazo, para entrar e sair das negociações com lucro. Adotam uma posição chamada de “ativa”, comprando e vendendo investimentos várias vezes ao dia, semana ou mês, na esperança de obter lucro através da flutuação dos valores no mercado.
“Traders se valem da flutuação dos preços dos ativos financeiros, no curto prazo”
O investidor adota estratégias de compra de ativos financeiros, com o propósito de valorização “passiva” do valor ao longo do tempo. Seu objetivo é beneficiar-se dos ganhos compostos ao longo do tempo, à medida que os mercados acumulam um saldo de valorizações.
“Investidores buscam a valorização acumulada dos ativos financeiros, no longo prazo”
Vale ressaltar que, as posições de Trader e Investidor são estratégias que podem se sobrepor, dependendo do mercado e das oportunidades. Nada impede que investidores realizem operações de curto prazo, com objetivo de melhorar o preço médio do seu portfólio ou que traders, assumam posições de compra passivas, caso identifiquem oportunidade de valorização do ativo, no longo prazo.
A maioria das operações de trading pode ser agrupada nos seguintes estilos de negociação, dependendo do horizonte temporal com que carregam as posições.
É um estilo de negociação onde o trader aproveita as variações de preço no curtíssimo prazo.
Envolve abrir e fechar posições de compra e/ou venda em questão de segundos ou minutos, com o objetivo de obter lucros com várias alterações de preços, relativamente pequenas.
Não é incomum que scapers realizem muitas negociações por dia e utilizem níveis elevados de alavancagem. Com uma frequência de negociação mais alta e possível alavancagem, os custos de negociação são um grande deflator de desempenho, neste tipo de estratégia.
O day trading envolve a abertura e o fechamento de negociações no mesmo dia de negociação.
Existem muitas semelhanças entre scalping e day trading. Ambos são estilos de negociação ativos e de curto prazo, enquanto os day traders visam captar as tendências intradiárias e os scalpers se valem das múltiplas variações de preço, ocorridas em segundos ou minutos.
A missão do day trader é encontrar o ponto de compra e/ou venda mais lucrativo de um ativo financeiro, ao longo de um pregão.
Os day traders costumam utilizar níveis de alavancagem menores em comparação com os scalpers.
Um estilo no qual os traders entram e saem esporadicamente, mantendo negociações durante alguns dias ou semanas. Eles visam variações de preços maiores e tendem a esperar mais tempo, para que uma negociação se desenvolva.
Os níveis de alavancagem costumam ser mais baixos e os pontos de compra e venda mais amplos, fornecendo mais espaço para variação do preço.
Vale ressaltar que, as estratégias de scalping, day trading e swing podem se sobrepor, dependendo das habilidades técnicas de cada trader. Nada impede que scalpers realizem estratégias de swing ou que day traders trabalhem como scalpers, caso identifiquem a necessidade de melhoria do preço médio ou a oportunidade de lucro com pequenas alterações de preço.
Após anos de experiência no mercado de capitais, seria burrice atribuir a uma estratégia o título de “campeã”.
Ao demonizar as estratégias de trading, correria o risco desproporcional de menosprezar o histórico e os ganhos auferidos por George Soros e Carl Icahm, conhecidos como traders ativos e agressivos.
O perfil especulativo rendeu a Soros e a Icahm o patrimônio líquido estimado de US$6,7 bilhões e US$17 bilhões, respectivamente.
Desprezar as estratégias de longo prazo, apoiadas em fundamentos e no valor intrínseco dos ativos, seria ignorar a trajetória vencedora de Warren Buffett e Ray Dalio.
As estratégias, baseadas na valorização e diversificação dos ativos, renderam a Buffett e a Dalio o patrimônio líquido estimado de US$117 bilhões e US$19 bilhões, respectivamente.
A popularização das plataformas de negociação online; a disseminação dos cursos de trading ministrados por “patetas digitais” e distribuídos “abnegadamente” por algumas instituições financeiras, somados a incompreensível tolerância dos órgãos de fiscalização, tem aumentado significativamente o número de traders no mercado.
Embora você ouça traders dizendo que enriqueceram instantaneamente e veja gurus vendendo cursos, as estatísticas indicam que a maioria dos traders não tem sucesso e mesmo aqueles que têm, obtêm apenas retornos modestos.
Cabe alertar que, o sucesso como trader ou investidor, depende de uma busca obstinada por conhecimento técnico e analítico, do acúmulo de experiência prática na composição de estratégias, de talento e perfil emocional.
Há uma lista com os 18 motivos mais comuns pelos quais a maioria dos traders perde dinheiro. Seguir essas regras não levará necessariamente ao sucesso. Quebrá-los pode aumentar suas chances de fracasso.
As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação.
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