O tamanho é importante no mercado de ações de hoje: os investidores parecem ter um apetite insaciável por grandes empresas que dominam os mercados globais. No mundo corporativo, no entanto, nenhum buraco é tão profundo quanto parece.

A brasileira Embraer está explorando o desenvolvimento de uma aeronave narrow-body de próxima geração, que teria como alvo os mesmos clientes que atualmente compram o 737 MAX da Boeing e o A320neo da Airbus, informou o Wall Street Journal nesta quarta-feira. Isso acontece no momento em que a Boeing está reformulando sua liderança, perdendo participação de mercado para a Airbus e lutando para corrigir falhas no controle de qualidade que geraram vários acidentes.

As ocorrências poderiam ter derrubado a fabricante de aviões dos EUA, não fosse o duopólio global da indústria de jatos comerciais. As barreiras à entrada são mais altas do que em quase qualquer outro lugar. Projetar uma grande aeronave leva uma década ou mais e custa dezenas de bilhões de dólares. As companhias aéreas obtêm enormes vantagens da frota comum, dificultando a troca de fornecedores.