1 – Governo faz entrega simbólica de reforma administrativa à Câmara
Depois de 21 meses no Poder, o governo finalmente cumpriu uma das promessas de campanha de Jair Bolsonaro e enviou a reforma administrativa ao Congresso. Coube ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, fazer a entrega simbólica da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta quinta-feira (3). Ele estava acompanhado dos líderes do governo Ricardo Barros (PP-PR), na Câmara, e Eduardo Gomes (MDB-TO), no Congresso.
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“Em nome de Bolsonaro, é uma honra entregar reforma nas mãos de Maia”, disse Oliveira. “Assim como reforma previdenciária, essa proposta será analisada no tempo do Congresso“, reforçou, emendando que as mudanças no RH do Estado vão possibilitar a prestação de melhores serviços à população.
Discutida desde a campanha eleitoral, a reforma administrativa está sendo elaborada desde o ano passado pelo governo. Em fevereiro desde ano, Bolsonaro chegou a ensaiar o envio do projeto ao Congresso, porém desistiu e deixou a proposta para o ano que vem. Agora, o presidente mudou de ideia e o texto, cobrado diversas vezes em público por Maia chegou às suas mãos.
2 – Embraer corta 12,5% do total de funcionários
A Embraer anunciou ontem a demissão de 900 funcionários que trabalham nas unidades da empresa no Brasil. Outros 1,6 mil aderiram a planos de demissão voluntária – que foram propostos em julho e agosto -, num total de 2,5 mil desligamentos. Antes da pandemia, a fabricante de aviões tinha 20 mil empregados, sendo que 16 mil deles operavam no Brasil. No total, 15,6% da mão de obra da companhia no País será desligada. Considerando também as operações internacionais, serão 12,5%.
O tamanho do corte é semelhante ao realizado pelas outras fabricantes de aeronaves em meio à pandemia da covid-19. A americana Boeing já anunciou a demissão de 16 mil funcionários, o equivalente a 15% do total. Na europeia Airbus, foram 15 mil trabalhadores (10%).
Segundo o comunicado da Embraer, as demissões estão relacionadas aos efeitos causados pela pandemia na economia global e pelo cancelamento da venda da divisão de aviação comercial para a Boeing. “O objetivo é assegurar a sustentabilidade da empresa e sua capacidade de engenharia”, justificou a Embraer em comunicado.
3 – Atividade Econômica cresceu 1,4% em julho ante junho na 1ª prévia
O Indicador de Atividade Econômica da Fundação Getúlio Vargas (IAE-FGV) teve um crescimento de 1,4% no mês de julho em relação a junho, de acordo com a primeira prévia do índice, divulgada nesta quinta-feira (3).
No trimestre móvel terminado em julho, o IAE-FGV teve retração de -4,4% em comparação ao trimestre móvel encerrado em abril. Na comparação com julho de 2019, o indicador caiu 6,6%.
“Apesar de serem resultados muito negativos, são melhores do que as variações observadas em junho. Com esses resultados, a taxa acumulada em 12 meses até julho foi de -2,9% e o acumulado no ano até julho de -5,9%”, ressaltou a FGV, em nota.
4 – Bolsonaro diz que vai decidir pessoalmente sobre adoção do 5G no país
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (3), em sua live semanal nas redes sociais, que decidirá pessoalmente sobre os parâmetros para adoção da tecnologia 5G no Brasil. A previsão atual é que o leilão de licenças do padrão 5G seja realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no primeiro semestre de 2021.
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“Nós somos uma potência. Nós temos que ter um sistema de inteligência robusto para poder trabalhar ali na frente”, disse. “Vou deixar bem claro: quem vai decidir sobre o 5G sou eu. Não é terceiro, ninguém dando palpite por aí não”, reforçou.
A tecnologia 5G, em sua máxima potência, deverá oferecer altíssimas velocidades de internet no Brasil – até 20 vezes maiores que no 4G, além de maior confiabilidade e disponibilidade. O padrão 5G também terá capacidade para conectar massivamente um número significativo de aparelhos ao mesmo tempo.
5 – Maia critica desmonte no Ministério do Meio Ambiente
No seminário “Retomada Verde”, promovido pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o Ministério do Meio Ambiente do governo Bolsonaro desmontou o que foi criado em décadas. “Começamos a ter impacto nas decisões de investimento, sabemos que temos condições de atrair o capital externo, mas com a piora da imagem do Brasil e a perda de confiança, o capital está indo embora”, comentou.
Maia disse que a Câmara vem tentando atuar com projetos conjuntos para os setores do meio ambiente, agronegócio e área financeira, a fim de ampliar esse debate e promover a melhoria da imagem do País, sobretudo junto aos investidores.
“Do ponto de vista da Câmara, estamos tentando construir consensos para mostrar a importância da preservação do meio ambiente para que o País recupere a capacidade de atração de investimentos num ambiente seguro, com duas âncoras importantes: a fiscal e a ambiental“, afirmou o presidente da Câmara. “Sem essas duas âncoras, nada será relevante”, emendou, destacando que isso tem de ser preocupação permanente.
*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil