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Economia

5 fatos para hoje: CSN lucra R$ 1,26 bilhão; acordo com os EUA antes da eleição

Para não perder o aliado, Donald Trump, o governo brasileiro acelera as negociações dos acordos que estão longe de ser de livre comércio.

Donald Trump

1 – CSN reverte prejuízo em lucro líquido de R$ 1,262 bilhão no 3º trimestre

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) reverteu prejuízo de R$ 871 milhões registrados no terceiro trimestre de 2019 em um lucro líquido de R$ 1,262 bilhão. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado atingiu R$ 3,506 bilhões no terceiro trimestre de 2020, avanço de 124% ante o mesmo período do ano passado, ou 82% superior ao trimestre anterior em função de combinação de melhores volumes, preços e custos em basicamente todos os segmentos de atuação. Os dados foram divulgados na noite desta quinta-feira (15) pela companhia.

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A receita líquida entre julho e setembro foi de R$ 8,715 bilhões, sendo 40% superior ao registrado no segundo trimestre de 2020 e 45% superior ao apresentado no mesmo período do ano passado. O acréscimo de receita no terceiro trimestre deste ano se deu, principalmente, pela normalização do volume de produção de minério de ferro, combinado com preços maiores de minério de ferro, cimento e aço frente ao segundo trimestre deste ano.

2 – Brasil e EUA fecham pacote comercial

Faltando menos de um mês para a eleição presidencial americana, Brasil e Estados Unidos devem assinar na próxima segunda-feira (19) um pacote de medidas para acelerar e desburocratizar o comércio entre os dois países. De acordo com fontes da área econômica, deverão ser firmados três acordos: de facilitação de comércio, boas práticas regulatórias e anticorrupção.

O anúncio deve ocorrer em um evento virtual com participação do presidente Jair Bolsonaro, de representantes do Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês) e de bancos de desenvolvimento americanos.

Longe de ser um acordo de livre comércio – como o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a anunciar no ano passado -, o conjunto de medidas está sendo considerado pelo governo brasileiro como base para um entendimento mais amplo, a ser futuramente discutido entre os países.

O pacote já vinha sendo discutido, mas o Brasil desejava a assinatura o mais rápido possível, diante do risco de Bolsonaro perder o aliado de primeira hora Donald Trump, que concorre à reeleição e está atrás do candidato democrata Joe Biden nas pesquisas de intenção de voto.

3 – G-20 adia debate sobre tributação digital

Os países do G-20 avançaram na discussão técnica sobre a tributação do lucro das gigantes de tecnologia (big techs), como Google, Amazon, Facebook e Apple, mas uma definição política para um acordo deve ficar para 2021. O Brasil, que negocia uma reforma tributária no Congresso, está de olho nessa discussão para ampliar os impostos cobrados sobre a economia digital.

O tema acabou se confundido, no entanto, com a proposta de criação de uma nova CPMF para a tributação das transações financeiras. O novo tributo é defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para a desoneração da folha de salários (reduzir os encargos que as empresas pagam sobre os salários dos funcionários).

Durante o 10º Seminário de Administração Pública e Economia, na quarta-feira à noite, o ministro disse que os seus pares das 20 principais economias do mundo reconhecem que a principal base tributária do futuro será digital e que alguns países já estão adotando medidas nessa direção. Guedes participou nesta semana de reunião virtual de ministros do G-20.

4 – Londres adota lockdown mais rígido e terá inverno duro pela frente

Londres, principal centro financeiro da Europa e onde vivem 9 milhões de habitantes, adotará lockdown mais rígido contra a covid-19 a partir da meia-noite desta sexta-feira (16), agora que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tenta enfrentar uma segunda onda crescente do novo coronavírus.

A pandemia respiratória, que surgiu na China no ano passado e já matou mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo, está se disseminando em grande parte do Reino Unido, que tem o maior número oficial de mortes da Europa: 43.155.

Mas a irritação está aumentando por causa dos custos econômicos, sociais e de saúde das maiores restrições de liberdade desde os tempos de guerra – um ex-conselheiro do governo alertou que algumas pessoas terão dificuldade para vestir os filhos em breve.

5 – França pressiona por tarifas da UE a produtos dos EUA

O ministro de Finanças da França, Bruno Le Maire, disse nesta sexta-feira (16) que a Europa deve responder a sanções dos EUA com a imposição de tarifas a produtos americanos, num comentário que vem após uma recente decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) referente a subsídios recebidos pela Airbus e Boeing para a fabricação de jatos. “A Europa deve se preparar para impor sanções aos EUA porque é seu direito”, disse Le Maire à emissora de TV francesa BFM TV.

Nesta semana, a OMC autorizou a União Europeia (UE) a aplicar tarifas sobre US$ 3,99 bilhões em aviões da Boeing e outros bens dos EUA anualmente, como parte de uma longa disputa comercial entre a Airbus e o concorrente americano. Há cerca de um ano, a OMC tomou decisão similar a favor dos EUA, que impuseram tarifas a US$ 7,5 bilhões em produtos da UE, incluindo jatos da Airbus.

*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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