1 – Fitch reafirma rating da Petrobras
A Fitch reafirmou o rating BB- da Petrobras, com perspectiva negativa. A agência informa em comunicado que manteve sua avaliação sobre o perfil de crédito “stand-alone” (risco intrínseco, ou SCP, na sigla em inglês) da empresa, em bbb, refletindo a estrutura de capital da companhia e a redução de dívidas.
Os ratings da Petrobras são ligados aos ratings soberanos do Brasil, por causa da grande participação do governo na companhia e seu controle potencial, bem como pela importância estratégica da empresa para o País, diz a Fitch. O panorama negativo para a empresa sobre moeda estrangeira também é aplicado ao Brasil.
O “potencial” retorno de uma interferência política mais forte na estratégia da Petrobras, por meio dos preços domésticos da gasolina e do diesel, afetaria negativamente a geração de fluxo de caixa da empresa e o SCP, na visão da Fitch. O fator é particularmente relevante em tempos de desvalorização do real em relação ao dólar, o que aumenta os preços dos combustíveis, e o risco de interferência, avalia.
Por sua vez, a Fitch aponta que a estratégia foi utilizada em 2018, devido à “volatilidade” dos preços e pressão social, mas não se repetiu em 2019 e 2020.
2 – Maior isenção no IR custará R$ 74 bi
Promessa de campanha renovada em janeiro pelo presidente Jair Bolsonaro, a ampliação do contingente de isentos do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) pode custar quase de R$ 74 bilhões aos cofres públicos. No mês passado, o presidente disse que tentaria passar a renda livre do pagamento do imposto para quem ganha até R$ 3 mil mensais. Em 2020, só ficaram isentos do IR aqueles que têm renda inferior a R$ 1.903,98 por mês.
Um estudo da Associação Nacional dos Auditores da Receita Fiscal (Unafisco), obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast, mostra que a nova promessa de Bolsonaro beneficiaria 4,3 milhões de contribuintes que passariam a ficar desobrigados de fazer a declaração anual. Isso, no entanto, representaria uma redução de R$ 73,87 bilhões na arrecadação do governo federal.
3 – Ford chama demitidos para fazer peça, diz sindicato
Desde que a Ford anunciou em janeiro que deixaria o País, os trabalhadores da montadora enfrentam um período de indefinições de como será feita a dispensa dos funcionários, qual será a indenização e quantos devem retornar ao trabalho para produção de autopeças de reposição dos veículos em circulação.
Segundo Júlio Bonfim, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari (BA), onde fica uma das unidades da Ford, a montadora está convocando todos os trabalhadores da fábrica para retornarem à atividade e produzirem peças de reposição. Na última mediação que houve no Tribunal de Justiça do Trabalho, a previsão da companhia, no entanto, era de que necessitaria de apenas 400 trabalhadores para produção de autopeças.
“A empresa está convocando todos os trabalhadores, aqueles que estão lesionados e afastados e até que já foram demitidos”, diz o presidente do sindicato. Na sua avaliação, o telegrama enviado ao trabalhador informa que se ele não retornar à atividade serão tomadas medidas. “O sindicato sempre cumpre as ordens judiciais: se é para retornar, vamos retornar. Mas não aceitamos que a empresa imponha assédio moral.”
4 – Busca por crédito cai 8% em janeiro
A taxa que mede a busca por financiamento no Brasil cresceu 22% em janeiro na comparação com igual mês de 2020, informa a Neurotech. No entanto, o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC) fechou o primeiro mês de 2021 com queda de 8% em relação a dezembro do ano passado. O declínio do indicador, que mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços, foi motivado por fatores sazonais, conforme a nota.
O setor de serviços liderou a demanda por crédito em janeiro no confronto com o mesmo mês de 2020, ao mostrar expansão de 62%. Na sequência, aparecem bancos e financeiras, com alta de 19%, enquanto o varejo apresentou crescimento de 17% na comparação interanual.
Já em relação a dezembro, houve queda de 30% na busca por crédito no varejo brasileiro. Em contrapartida, bancos e financeiras registraram alta de 3%.
O recuo observado no setor varejista em janeiro em relação ao mês anterior é considerado “normal” devido à sazonalidade, afirma o diretor de Produtos e Sucesso do Cliente da Neurotech, Breno Costa. “Historicamente, janeiro e fevereiro são meses de baixa para o comércio”, recorda. A expectativa de menos demanda por crédito neste ano, diz, não deve ser diferente, já que “tem o agravante de menos pessoas consumindo, com maior desemprego e maior endividamento.”
5 – Frio raro deixa 2 milhões de texanos sem energia
Um congelamento severo e raro que aumentou a demanda de energia no Texas obrigou a distribuidora do Estado norte-americano a impor blecautes rotativos que deixaram mais de 2 milhões de clientes sem eletricidade nesta segunda-feira.
O site PowerOutage.us, um projeto em andamento para o monitoramento de blecautes, disse que 2.703.967 texanos sofreram com a falta de energia a partir das 22h49.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou uma emergência nesta segunda-feira e liberou assistência federal ao Texas, onde as temperaturas caíram de 6 para 22 graus Celsius negativos.
O Aeroporto Intercontinental George Bush de Houston disse em um comunicado que seu campo aéreo ficaria fechado até as 13h, e o Aeroporto Hobby da cidade cessaria as operações ao menos até a terça-feira por causa do clima inclemente.
*Com Estadão Conteúdo e Reuters