“O assunto objeto de seu questionamento está sendo analisado no processo administrativo CVM 19957.001646/2021-76”, respondeu a autarquia em comunicado, acrescentando que não comenta casos específicos.
Entre o fechamento da sessão do dia 18 de fevereiro (antes de o presidente Jair Bolsonaro indicar que nomearia um sucessor para o presidente-executivo da estatal, Roberto Castello Branco) e do dia 22 (quando o governo já havia oficializado a indicação do sucessor, o general Joaquim Silva e Luna), a ação preferencial da companhia desabou 26,7%. Nos dias seguintes, o papel recuperou-se parcialmente.
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A investigação sobre uso de informação privilegiada, conhecida no jargão do mercado como insider trading, busca a determinar se algum investidor valeu-se dessa condição para negociar e ter lucro no mercado.
A CVM já abriu seis processos para investigar diferentes assuntos ligados ao episódio, entre eles o motivo de a empresa não ter divulgado fato relevante previamente sobre o assunto, a reclamação de investidor de ingerência do acionista controlador e não submissão prévia da proposta do governo ao conselho de administração da empresa.
A associação que representa investidores minoritários Abradin informou na quarta-feira (3) apresentação à CVM de uma representação pedindo a investigação de um operador que teria feito movimentação suspeita com ações da Petrobras PETR4.SA no mercado de opções.
A operação, segundo o presidente da Associação Brasileira de Investidores, teria ocorrido entre uma reunião em Brasília em que se teria definido a saída do presidente da Petrobras e a indicação do general Joaquim Silva e Luna para assumir o comando da companhia.