O livro desta semana, “Liderando na Era Digital”, dos autores George Westerman, pesquisador no MIT Initiative on the Digital Economy e Didier Bonnet, vice-presidente da Capgemini Consulting, que atua como Global Practice Leader, é uma inspiração para nossa atual realidade, pelo fato de que “a vida se move online”. O livro aborda o pós-transformação digital.
Não é uma questão de “se”, mas de “quando” e “como” vamos executá-la! Os impactos do ano do covid-19 aceleraram a transformação digital das empresas, negócios e relações humanas. O ano da covid quase parou o mundo, mas foi graças às tecnologias digitais que as pessoas começaram a se mover de forma diferentes, desde o sequenciamento do genoma do vírus que nos leva às vacinas, até a forma de vender, ensinar, trabalhar e se comunicar.
Observa-se que com a pandemia o que levaria anos para o uso das tecnologias digitais ou ferramentas digitais tiveram que ser utilizadas em dias,semanas, meses. Alguns especialistas chegam a afirmar que 10 anos viraram 1 ano, ou melhor: as empresas vivem o ano 2030.
O mundo pós-transformação digital O livro de George Westerman e Didier Bonnet nos faz lembrar o escritor de ficção William Gibson quando afirmou: “O futuro está aqui. Só que não foi ainda igualmente distribuído”. Essa questão de como as empresas adquirem uma extrema habilidade em maestria digital é o que nos ensina os autores do livro, de modo que suas lideranças devem se transformar em mestres digitais de seus negócios.
Como desenvolver uma maestria digital no seu modelo de negócios? Acreditam os autores que assim o futuro pode ser mais rapidamente distribuído. “Alcançar a maestria digital não é uma tarefa impossível, nem uma arte divina” Os “mestres digitais” investem tempo tentando entender o comportamento do cliente e elaborando a experiência vivida por ele de fora para dentro.
Um “mestre digital” descobre o que os clientes fazem e por que, onde e como eles o executam. A empresa trabalha, então, a questão de onde e como a experiência pode ser digitalmente aprimorada por meio dos canais que existem com ferramentas digitais existentes desde um simples Whatsapp, plataformas de e-commerce, mídias sociais, até as sofisticadas ferramentas de inteligência artificial.
Competir na experiência do cliente foco na qualidade da interação entre os clientes e seu conteúdo, influenciados pela facilidade de uso do conteúdo e pelo modo como é apresentado ao cliente, geralmente organizado com sinergia (isto é, como oferta multiproduto) e em múltiplos canais.
Elas repensam a experiência vivida pelo cliente, as operações internas e as fórmulas econômicas para reinventarem seus modelos de reordenar as cadeias de valor e criar grandes mudanças no cenário competitivo de seu negócio. Criar valor a partir da transformação da experiência vivida pelo cliente.
Competir em plataformas digitaisUsabilidade e design em tecnologias digitais para aumentar o alcance e o envolvimento por meio de investimentos inteligentes em novos canais digitais.
Eles fornecem apps amigáveis para dispositivos móveis, constroem experiências gratificantes por meio das mídias sociais e reequilibrar seus investimentos em marketing para reforçar esse envolvimento, ao combinar ferramentas digitais, com conteúdo entregue aos clientes por meio de um conjunto interno de infraestrutura, dados e processos digitalizados, além de serviços externos.
Competir em inteligência de mercado Os mestres digitais colocam os dados dos clientes no âmago da experiência vivida em sua plenitude por estes. “Eles se tornam mais científicos, usando métricas e analytics para dar forma à mudança – desde compreender o uso atual de seus produtos e serviços até a segmentação da base de clientes” , reforçam os autores.
Ou seja, os seus modelos de gestão focam nos seus clientes! Simples assim! E aqui destaco também os modelos de gestão financeira que pratico com clientes e empresas as quais desenvolvo mentorias, orçamento e demonstração de resultados com base em clientes. Competir num mundo figital O mundo físico de bens tangíveis em harmonia com o digital. Não é “ou” mas físico e digital.
“Mestres digitais” trabalham para mesclar as experiências físicas e digitais, substituindo as primeiras pelas segundas, com o uso das tecnologias digitais para aprimorar a satisfação vivida pelo cliente. Em suma, os “mestres digitais” conseguem fazer com que as tecnologias digitais trabalhem a seu favor sempre, não obstante a contínua mudança destas últimas.
E mais: reinvenção bem executada dos modelos de negócios e suas respectivas sustentações operacionais pode ser difícil de reproduzir. Gerir os negócios como mestres digitais Os autores do livro “ Liderando na Era Digital” conceituam que os mestres digitais possuem habilidades únicas ao repensarem e aprimorarem seus processos, e criarem vínculos com os seus clientes e seus modelos de negócios. Também é peculiar aos mestres digitais desenvolver sólidos recursos em liderança para imaginar e impulsionar a transformação.
Verifico, aí, que é preciso certo investimento e capital humano, porém, as principais exigências são tempo, tenacidade e liderança. Concluo essa resenha com um pensamento de Michelangelo “Se as pessoas soubessem o quão exaustivamente eu trabalhei para atingir a maestria, ela não pareceria tão maravilhosa assim”. *Aloisio Sotero é professor de Finanças Corporativas com espertise em Economia Digital, professor e co-fundador da escola BAEX, Escola Internacional de Educação para Executivo
* Aloisio Sotero é professor de Finanças para Economia Digital e cofundador e professor da BAEX, escola internacional de educação para Executivos. |
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