Morning Call: inflação assusta mercados globais; BTG e Klabin divulgam lucros

Brasil: hoje, o mercado de juros e câmbio serão movimentados, pois teremos o IPCA de abril e a ata do Copom (8h), que é bastante aguardada para entender o comunicado dúbio da semana passada, quando Banco Central elevou a Selic a 3,5%, abrindo possibilidade para mais um elevação na mesma magnitude na próxima reunião de política monetária, em junho. Além disso, a CPI da Covid e uma série de balanços corporativos também estão no radar do investidor. No câmbio, a reação é contida pelos fortes superávits da balança comercial e fluxo positivo, mas, na curva de juros, os fatores externos se somam às incertezas fiscais e aos ruídos políticos para sustentar prêmios de risco.

A Klabin registrou lucro líquido de 421 milhões de reais no primeiro trimestre, revertendo prejuízo de 3,1 bilhões de reais no mesmo período do ano anterior, em resultado beneficiado pela retomada da demanda no mercado local e no exterior, que apoiou alta de preços. A receita líquida cresceu 34%, para quase 3,5 bilhões de reais, enquanto o volume de vendas somou 909 mil toneladas, alta de 7% na comparação ano a ano. A concentração das paradas de manutenção anuais ao final de 2020, devido às postergações em função da pandemia da Covid-19, fez com que os produtores de celulose iniciassem o ano de 2021 com baixos níveis de estoque, enquanto a retomada da atividade econômica impulsionou a demanda. (fonte: Refinitiv)

O BTG Pactual divulgou nesta terça-feira um lucro líquido ajustado de 1,197 bilhões de reais no primeiro trimestre, um aumento de 51,7% em relação ao ano anterior, com expansão da maior parte de suas unidades de negócios e captação de recursos recorde para seus fundos. As receitas totais do banco cresceram 84% com relação ao ano anterior, para 2,796 bilhões de reais, ajudadas por um trimestre movimentado para transações de banco de investimento, por uma maior captação dos fundos de investimento e intensa atividade de negociação de ativos. (fonte: Refinitiv)

Cenário global: no exterior, predomina neste momento os temores relacionados à inflação, uma vez que o custo das commodities e da matéria-prima dispararam ao longo do último mês, testando a visão de bancos centrais de que os aumentos de preços serão transitórios conforme as economias saem dos lockdowns adotados devido à Covid-19. O toque final foi a inflação na China, onde o índice de preços ao produtor (PPI) subiu 6,8% em abril, ante mesmo mês do ano passado e o consenso era +6,5%. Na Alemanha: índice Zew de expectativas econômicas sobe a 84,4 em maio, ante 70,7 em abril; previsão era de 71.

Europa: índice Stoxx 600 cai 2,12%, aos 435,96 pontos; NY/Pré-Mercado: Dow Jones futuro cai 0,58%, S&P 500 -0,83% e Nasdaq -1,40%; Petróleo tipo Brent para julho cai 0,67%, cotado a US$ 67,85 o barril; Ouro para junho sobe 0,06%, para US$ 1.838,75 a ona-troy.

Ibovespa: fechou com uma queda leve na segunda-feira, com ajustes de posições após uma semana de ganhos, com ações de empresas de tecnologia e comércio eletrônico entre as maiores perdas, enquanto bancos responderam por segurar o índice próximo da estabilidade. O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo, com suporte importante aos 117.600 pontos e resistência a ser vencida aos 122.000 pontos.