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Economia

Mercado de trabalho mundial não vai se recuperar da pandemia até 2023, diz OIT

A agência das Nações Unidas prevê que o número de desempregados deve cair no próximo ano, mas o desemprego pode continuar acima de antes da pandemia.

Fila de desempregados
Pessoas buscam emprego em uma obra de construção civil na cidade de Eikenhof, na África do Sul 23/06/2020 REUTERS/Siphiwe Sibeko

Pelo menos 220 milhões de pessoas devem permanecer desempregadas em todo o mundo este ano, bem acima dos níveis pré-pandemia, com a fraca recuperação do mercado de trabalho agravando as desigualdades existentes, disse, nesta quarta-feira (2), a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A agência das Nações Unidas prevê que o número de desempregados deve cair a 205 milhões no próximo ano — ainda bem acima dos 187 milhões registrados em 2019, antes de a crise do coronavírus causar estragos.

Segundo os modelos da OIT, isso equivale a uma taxa de desemprego global de 6,3% neste ano, caindo para 5,7% no próximo, mas ainda acima da taxa pré-pandemia de 5,4% em 2019.

O crescimento do emprego será insuficiente para compensar as perdas sofridas até pelo menos 2023″, disse a OIT no relatório Perspectiva Social e de Emprego Mundial: Tendências 2021.

Stefan Kuehn, economista da OIT e principal autor do relatório, disse à Reuters que o verdadeiro impacto no mercado de trabalho é ainda maior quando a redução da jornada de trabalho imposta a muitos trabalhadores e outros fatores são contabilizados.

“O desemprego não capta o impacto no mercado de trabalho”, disse Kuehn, observando que, enquanto nos Estados Unidos as contratações foram retomadas após perdas massivas de empregos, muitos trabalhadores em outros lugares, especialmente na Europa, permaneceram em esquemas de horário reduzido.

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