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Finanças

Investimento para iniciantes: 3 ações para ter na carteira

Para quem está começando a investir na bolsa de valores, escolher quais são as melhores ações não é uma tarefa tão simples.

Para quem está começando a investir em ações e na bolsa de valores, escolher quais são as melhores ações não é uma tarefa tão simples. O mercado acionário é vasto e são muitos os investimentos em ações para iniciantes.

No Cafeína de hoje, o analista Bruce Barbosa, da casa de análises independente Nord Research, aponta quais são as 3 melhores ações que não podem faltar na carteira do investidor. Seja ele iniciante ou avançado.

Segundo ele, sua escolha foi baseada em empresas em forte crescimento somado ao preço atrativo das ações. São elas: a petroleira PetroRio (PRIO3), a locadora de veículos Locamérica (LCAM3) e o laboratório Hermes Pardini (PARD3).

PetroRio (PRIO3)

Apesar de a PetroRio produzir 1% do que produz a Petrobras, ela vem crescendo de maneira consistente. A companhia compra campos maduros, reduzindo assim drasticamente seus custos e gerando valor para os seus acionistas. Sendo assim, seus lucros vêm numa crescente, o que deve aumentar ainda mais no próximo balanço, já que duas operações recém adquiridas ainda não entraram nos resultados divulgados no primeiro trimestre deste ano.

Diferente da PetroRio, as grandes petroleiras focam nos campos grandes, que geram uma alta produção. Para elas, não vale a pena investir seu tempo em campos de produção reduzida – o que para a PetroRio vale muito a pena. Ela inclusive adquiriu os clusters de Frade e de Polvo. “Clusters” são operações que acontecem em mais de um campo de petróleo, porém, com a mesma estrutura (de pessoal, barcos, apoio), o que reduz drasticamente os custos de produção.

A PetroRio é a única petroleira brasileira, tirando a Petrobras, que utiliza dessa tecnologia.  Além disso, a PetroRio emitiu ações e um título no exterior que deram à companhia um fôlego imenso para adquirir novos campos de produção. Com isso, o mercado começou a entender agora o seu potencial, segundo o analista. Nos últimos 3 anos até maio, as ações PRIO3 subiram 1.414%, enquanto o Ibovespa teve alta de 86% em igual período.

O principal risco que a empresa apresenta é quanto ao preço do petróleo. Isso porque uma disputa entre os principais produtores derrubou o valor do barril na pandemia e isso pode voltar a acontecer. Mas apesar disso, a PetroRio se mostrou capaz driblar a crise. Hoje, seu balanço é robusto – sem dívidas e com caixa líquido. E mesmo com todo esse crescimento vislumbrado, suas ações são negociadas a um preço abaixo do que realmente vale, aponta Barbosa.

Locamerica (LCAM3)

Já a Unidas, mesmo com a pandemia, ela continua em forte crescimento (pelos últimos anos) por dois motivos: economia de compartilhamento e por estar tomando o mercado de pequenas locadoras. Com a “uberização” da economia mundial, as pessoas alugam ao invés de comprar. Obviamente, o mercado de locação de veículos do Brasil se aproveita dessa mudança cultural e cresce ao redor de 15% ao ano. Com crise ou sem crise.

Somado a isso, locação é um mercado em que tamanho é documento. Por dois motivos: 1. custo do carro e 2. custo do dinheiro. Por definição, as locadoras precisam de frotas enormes de carros. Quanto mais carros as locadoras compram, maiores os descontos que recebem das montadoras. Para comprar esses carros, as locadoras precisam de capital. Quanto maiores forem as empresas, melhor seu relacionamento com os bancos e com o mercado e menor o custo desse dinheiro.

E quanto maior é a locadora, melhor é a locadora. O resultado da união desses dois fatores produziu um efeito considerado muito bom: um Ebitda e lucros crescendo de forma consistente.  E apesar do fechamento dos aeroportos na crise ter impactado a companhia, os resultados já voltaram a crescer.

Vale destacar que em 2020, a Unidas anunciou que se fundiria com a Localiza. A fusão é vista como positiva e deverá trazer mais valor ao acionista. Porém, caso a fusão não aconteça, a Unidas deverá continuar mostrando resultados fortes e resilientes, segundo o analista.

Hermes Pardini (PARD3)

Para quem não conhece, a Hermes Pardini é uma rede de clínicas de exames laboratoriais. A empresa vem crescendo em 2 frentes: ao abrir novas clínicas além de adquirir competidores e com a terceirização de serviços. Essa última é a frente de negócios mais interessante. Como os pequenos laboratórios não possuem volume ou capital para adquirir os equipamentos mais modernos, eles terceirizam esses exames para a Pardini, o que acaba trazendo volume e diluindo custos.

E apesar da rede de laboratórios depender de exames presenciais, o que impactou os seus resultados com o distanciamento social, a companhia conseguiu aumentar a sua receita com exames relacionados à covid-19. E como o mercado julga que a Pardini se beneficiou demais com os testes para covid-19, temem que seus resultados possam cair no futuro, aponta Barbosa.

Mas a companhia já afirmou diversas vezes que seu crescimento recente (+111% de Ebitda e +218% de lucro no 1º trimestre de 2021) não é dependente de exames relacionados à covid-19, e sim da gama de serviços que ela oferece. O próprio mercado projeta um crescimento de 38% no seu Ebitda em 2021.

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