Cenário global: a variante do coronavírus muito infecciosa (Delta) traz de volta um tom de cautela aos mercados nesta semana final de junho. O hemisfério norte está em férias de verão e muitos serviços já estão funcionando normalmente, porém com esta nova variante há receio de uma nova onda de contágio. Por enquanto, a cepa está presente em países asiáticos, mas já chegou no Reino Unido. Com isso, os investidores tentam ponderar a recuperação econômica global com o avanço da vacinação contra a doença pelo mundo, versos os efeitos da pressão inflacionária que pode reduzir estímulos monetários antecipadamente, além claro, das novas variantes de Covid que sempre vão gerar incertezas daqui para frente.
Os índices futuros das bolsas de Wall Street operam próximos da estabilidade. As bolsas europeias, diferentemente das asiáticas, relevam o risco da variante do coronavírus e sobem com expectativa de bons resultados corporativos e retomada das atividades econômicas neste segundo semestre. Na zona do euro, o índice de sentimento econômico subiu a 117,9 em junho e a previsão era de 116,5. Foi o maior nível em 29 anos.
Ásia: na China continental, índice Xangai Composto fechou em queda de 0,92%, aos 3.573,18 pontos; Em Tóquio, Nikkei caiu 0,81%, para 28.812,61 pontos; Em Hong Kong, Hang Seng cedeu 0,94%, aos 28.994,10 pontos; em Seul, Kospi perdeu 0,46%, para 3.286,68 pontos; Europa: índice Stoxx 600 opera em alta de 0,34%, aos 456,48 pontos; Bolsa de Frankfurt sobe 0,86%, Londres + 0,13%, Paris + 0,29% e Madri -0, 12%; NY / Pré-mercado: Dow Jones sobe 0,16%, S&P 500 estável (-0,01%) e Nasdaq cai 0,11%; Petróleo: Brent para setembro cai 0,05%, para US $ 74,10 o barril; WTI para agosto recua 0,29%, cotado a US $ 72,70 o barril; Ouro para agosto cai 0,48%, para US $ 1.772,10 a onça-troy; Minério de ferro fecha em queda de 2,88% em Qingdao, cotado a US $ 212,33 a tonelada.
Brasil: a crise hídrica ganha a atenção devida e entra no radar do mercado interno, após Bento Albuquerque (ministro de Minas e Energia), fazer um pronunciamento em rede nacional de televisão para pedir o uso “racional” de água e energia por parte da sociedade brasileira. A Aneel decide hoje o valor da bandeira vermelha 2 e a área técnica da agência sugeriu um aumento entre 84,3% e 92,3% a cada 100 KWh, que seria um peso grande nos índices de inflação. Por outro lado mais otimista, a sinalização de que a Câmara deve reduzir para 15% a taxação de lucros e dividendos na proposta da reforma tributária, admitida por Lira, trouxe algum alívio ao mercado, mas outros desafios continuam no radar, como os riscos políticos da CPI, que já levou a uma notícia-crime contra Bolsonaro no STF.
Ibovespa: ontem, o índice criou forças e virou nos minutos finais do pregão, fechando em leve alta de 0,14%, a 127.429,17 pontos, com volume de R $ 31,2 bilhões. Foi um dia tenso, teve muita oscilação e a bolsa foi à mínima de 126.628,95 pontos, com petróleo em queda, a cepa Delta e a proposta de reforma tributária sendo digerida pelo investidor. Em dia de agenda fraca, o índice zerou queda e sustentou o sinal positivo (+ 0,07%) após Lira admitir alíquota menor (15%) sobre lucros e dividendos. O IBOV segue em tendência de alta no longo prazo, porém sinais de uma possível correção foram dados, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, atual resistência no gráfico e operar abaixo da média móvel curta (21 períodos). Investidor estrangeiro entrou com R$ 681,5 milhões no B3 em 25 de junho, sexta-feira. No acumulado de junho, R$ 15,98 bilhões, e no ano o saldo é positivo em R $ 47,36 bilhões.
Indicadores: |
Aneel define reajuste da bandeira tarifária |
FGV: IGP-M de junho (8h)Tesouro faz leilão de NTN-B (11h) |
Receita: Arrecadação federal em maio projeta mediana de R $ 136,1 bilhões (11h) |
BC faz leilão de até 15 mil contratos de swap (US $ 750 milhões), em rolagem (11h30) |
Contas do Governo Central em maio (13h) |
FGV: Confiança do comércio e dos serviços em junho (8h) |
Alemanha / Destatis: CPI preliminar de junho (9h) |
EUA / Conference Board: índice de confiança do consumidor de junho (11h) |
EUA / API: Estoques de petróleo da semana até 25/06 (17h30) |