Destaques (José Falcão Castro):
- Com o feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA, as bolsas em Nova York ficarão fechadas. Porém, a semana está muito positiva para principais índices acionários americanos que atingiram as máximas históricas; o Dow Jones acumula alta de 12,72% no mês e a bolsa eletrônica Nasdaq já avança 10,84% em novembro;
- As bolsas europeias operam mistas, com notícias que deixam os investidores mais cautelosos e vale lembrar que subiram bem no mês acompanhando NY. Na Alemanha, Merkel admitiu que novas restrições por avanço da covid irão pelo menos até janeiro e a confiança do consumidor alemão, com as restrições da segunda onda, recuou mais que o esperado, para -6,7 pontos; no Reino Unido, o acordo comercial do Brexit voltou a ficar ameaçado, após declaração do ministro britânico das Finanças de que não é preciso fazê-lo a qualquer custo; há instantes, Frankfurt (+0,05%), Londres (-0,53%) e Paris (-0,06%);
- Na Ásia, o reconhecimento de Xi Jinping a Joe Biden pela vitória são sinais positivos, pois supõe uma relação mais saudável e menor atrito comercial, pelo menos em comparação com governo Trump;
- Mais cedo, Xangai fechou em alta de 0,22%, Hong Kong (+0,56%), Tóquio (+0,91%) e Seul (+0,94%), na máxima histórica;
- Aqui no Brasil, o mimimi continua com ruídos entre Paulo Guedes e Campos Neto, depois que o ministro se incomodou com o presidente do Banco Central, por defender um “plano para indicar a clara percepção de que o País está preocupado com a trajetória da dívida pública” e o mercado está muito sensível a este tema, o que acaba transformando qualquer ruído em instabilidade.
Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):
- IBOV Segue a força compradora em todos os tempos gráficos: curto, médio e longo prazo e de olho na faixa dos 112k;
- Com a forte alta dos últimos dias o candle mensal e diário ficam de certa forma distante das médias, o que indica uma realização, nem que ela ocorra de forma lateral, seria uma forma de respirar e que seria algo saudável se ocorrer até 100.000 pontos;
- Olhando para um suporte imediato, este estaria em 107.000 pontos.
Cenário macroeconômico (Murilo Breder):
- Uma hora a Bolsa vai realizar, mas este dia ainda não chegou. Após alcançar o maior patamar desde fevereiro na véspera, hoje foi dia do Ibovespa ultrapassar a marca dos 110 mil pontos em mais uma alta no Ibovespa, agora de +0,3%;
- O índice foi muito puxado pela manutenção do otimismo sobretudo no setor de commodities com Usiminas (USIM5, +7,1%), PetroRio (PRIO3, +6,0%) e CSN (CSNA3, +2,5%) entre os principais destaques. Já o setor bancário até ensaiou uma realização mais forte, mas acabou diminuindo sua intensidade;
- Além dos motivos já bastante conhecidos, a expectativa positiva com as vacinas contra o coronavírus e o início de uma transição política pacífica nos Estados Unidos, a alta da bolsa brasileira vem sendo sustentada também pelo fluxo de recursos internacional. Segundo dados da B3, no acumulado do mês até a sexta-feira (20) houve o ingresso líquido (a diferença entre entradas e saídas de recursos) de 26 bilhões de reais;
- Uma das sinalizações dessa entrada de fluxo estrangeiro pode ser vista no dólar, que registrou mais uma queda consistente de 1%, fechando em R$ 5,32.
Cenário corporativo (Murilo Breder):
- Entre as maiores altas do dia, destaque para a CVC (CVCB3, +9,8%), com variação positiva de mais de 9%. Um dos motivos é o governo de Donald Trump possivelmente estudando derrubar proibição à entrada de estrangeiros do Brasil, Reino Unido, Irlanda e mais 26 países europeus. Ainda não há nenhuma decisão;
- Já o varejo eletrônico, após uma sequência de quedas, voltou a ter um dia positivo conforme nos aproximamos da Black Friday por aqui. Magazine Luiza, B2W e Via Varejo subiram cerca de 1% nesta quarta-feira;
- A Notredame Intermédica (GNDI3, +2,5%) também foi um dos destaques. A empresa anunciou na noite do dia 24 a aquisição do Hospital do Coração de Londrina. Apesar de não ser uma aquisição muito grande, a reação foi positiva já que a empresa continua o processo de consolidação regional pelo Brasil;
- O destaque negativo fica para as ações do setor de bancos, que também vem registrando ganhos recentes em meio ao otimismo com a vacina. A principal notícia de setor é para a renúncia do CFO do Banco do Brasil (BBAS3, -0,3%).
Indicadores |
Brasil: |
Caged: mercado formal de trabalho projeta abertura de 213.329 vagas em outubro (10h30) |
IPP (IBGE) |
Resultado primário do governo central (Tesouro Nacional): projeta déficit primário de R$ 15,8 bilhões em outubro (14h30) |
EUA: |
Dia de Ação de Graças mantém mercados fechados |
Europa: |
Zona do Euro: Ata da última reunião de política monetária (Banco Central Europeu) |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.