A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fechou uma parceria com uma empresa de blockchain turca, a Bitci Technology, para o lançamento de uma criptomoeda oficial e de tokens não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) ligados à seleção brasileira. Essa parceria deverá durar três anos e tanto a criptomoeda quanto os NFTs lançados serão negociados diretamente pela empresa turca.
Mas o que é um NFT?
O NFT, que traduzido significa “token não fungível” são tokens gerados a partir de uma blockchain e que servem para dar a um item específico uma espécie de identidade única, como um selo oficial de item raro. Essa é uma espécie de garantia a um item digital. A principal diferença entre criptomoedas (que são ativos digitais fungíveis) e os NFT (não fungíveis) é que os primeiros são intercambiáveis e os últimos não.
Isso significa que criptomoedas são cambiáveis pelo valor equivalente em dólares ou reais, por exemplo. Isso porque o termo “fungível” significa “passível de ser substituído por outra coisa de mesma espécie, qualidade, quantidade e valor”. Ao contrário, os NFTs são “não fungíveis”.
E de olho nesse mercado, seleções de futebol assim como clubes estão criando os seus próprios NFTs. A seleção brasileira não é a primeira a lançar um token de torcedor no mundo do futebol. A própria Bitci, que é a parceira nesse negócio com a CBF tem uma parceria anterior com a seleção da Espanha. Além disso, a seleção da Argentina fechou recentemente uma parceria com o unicórnio cripto Chiliz – que está por trás da plataforma Sócios.com, para também lançar seu token de torcedor, assim como o Corinthians.
No caso do time paulista, quem deter o token do Timão poderá participar das decisões do clube, promoções especiais, adquirir conteúdo exclusivo, além de receber recompensas por interação na plataforma da sócios.com. A mesma estratégia que a CBF está adotando para alavancar a interação com os fãs da seleção brasileira em todo o mundo, além de proporcionar experiências, conteúdo e benefícios .
Os NFTs da seleção brasileira estarão disponíveis para venda em breve. Vale dizer que também incluirá as seleções brasileiras de futebol masculino e feminino, além das seleções sub-20, sub-17 e sub-15. Durante a vigência do contrato, a Bitci Technology será a única parceira de negócios relacionados à tecnologia blockchain da seleção brasileira. Porém, a CBF também não descarta a listagem dos tokens em outras corretoras.
Vale dizer que o objetivo principal dos times é alavancar a sua receita comercial com a criação dos tokens, além de aproximar os torcedores. No meio do futebol, quase 40 times de todo o mundo já emitiram os seus próprios “fan tokens”. O Atlético Mineiro foi o primeiro clube do Brasil a aderir o formato.
Alguns gigantes europeus, como, Juventus, Barcelona, Milan e Paris Saint- Germain também já aderiram aos fans tokens, que aliás, só em 2021 já renderam mais de 150 milhões de dólares, segundo a Socios.com. Mas vale ressaltar que os ativos digitais como os fans tokens não prometem valorização muito menos a manutenção de seu valor.