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Tokens: o que são e qual a diferença para criptomoedas?

Entenda os diferentes usos de tokens e tire todas suas dúvidas sobre estes criptoativos.

Ilustração de uma lupa apontada para diversos desenhos coloridos e psicodélicos

Os criptoativos, como os tokens e as criptomoedas, ganharam espaço no mercado financeiro e na mídia nos últimos meses. Porém, por se tratar de um assunto ainda novo, muitos ainda têm dúvidas sobre as diferenças entre essas terminologias e o que elas significam na prática.

Pensando em responder essas questões, vamos explicar neste artigo o que são os tokens, como eles funcionam, qual a diferença entre tokens e criptomoedas, quais são os maiores tokens em valor de mercado, entre outros pontos importantes sobre o assunto. Se você tem interesse em investir em criptoativos, acompanhe a leitura!

O que são tokens?

Um token é a representação digital de um ativo financeiro real em uma rede blockchain. Diversos tipos de bens passam por tokenização – como ações, propriedades, obras de artes – e têm seu valor representado digitalmente por meio de tokens, os quais podem ser adquiridos por investidores.

O valor financeiro de um token está vinculado ao valor do ativo real que ele representa, e sofre variações de acordo com as movimentações no preço do ativo. 

Ao contrário das criptomoedas, os tokens são criados em blockchains já existentes, como na rede Ethereum ou NEO. 

A função do token vai além de servir como uma espécie de dinheiro virtual. Ele pode ser usado para diversos propósitos diferentes, como para recompensar usuários com bônus e vantagens, servir como meio de pagamentos de serviços e produtos, garantir a participação em empresas ou ecossistemas digitais, assegurar o direito sobre um ativo real, entre outras funções. 

Diferença entre token e criptomoeda

A principal diferença é que as criptomoedas são nativas de seus próprios blockchains, enquanto os tokens são criados e operam em blockchains já existentes, como Ethereum, NEO ou Waves.

Ainda assim, os tokens contam com os mesmos benefícios trazidos pelos smart contracts (contratos digitais programáveis), como condições previamente definidas e automatização das operações.

Outra diferença entre criptomoedas e tokens é que, na maior parte dos casos, as criptomoedas são utilizadas como uma espécie de substitutas do dinheiro físico. Além disso, elas também podem ser usadas como forma de validação de transações digitais em rede. 

o token não está necessariamente ligado a um pagamento. Por ser a representação digital de um ativo, o token está atrelado ao bem que representa, podendo ser utilizado em outros tipos de operações.

É possível encontrar, por exemplo, tokens que representam ações de empresas, antecipação de recebíveis, valores mobiliários, obras de arte, artigos de jogos digitais, entre outros.

Como funcionam os tokens?

O modo como um token funciona depende da categoria na qual ele se enquadra e do ecossistema do qual faz parte. Mas, de forma geral, todos tokens operam em uma blockchain (base de dados digital que registra ativos e transações, e funciona a partir de computadores de uma rede P2P (peer-to-peer/ponto a ponto), e são baseados em contratos inteligentes, os smart contracts.

Tipos de tokens

Confira abaixo o que é e como funciona cada tipo de token:

Payment Tokens

Os Payment Tokens servem como meios de pagamento para bens e serviços. Eles são utilizados para transferências de capital, funcionando como dinheiro eletrônico e sendo parecidos com as criptomoedas tradicionais, com a diferença de que não operam em blockchains próprias. 

Utility tokens

Também conhecidos como tokens de aplicativos ou dApps, os Utility tokens têm esse nome porque oferecem alguma utilidade em uma plataforma, como permitir o acesso a um serviço exclusivo ou oferecer um desconto em um determinado produto digital. 

Non-fungible tokens (NFT)

Os NFTs (Non-fungible tokens, ou tokens não-fungíveis, em português) são tokens que representam um ativo específico e individual, como um item colecionável

Um NFT pode ser uma representação de uma obra de arte, uma música, ou algum outro item exclusivo. Quando alguém compra um NFT, está basicamente adquirindo um código de registro digital do objeto.

Diferentemente dos tokens utilitários, os Non-fungible tokens não são intercambiáveis, e atraem colecionadores e investidores interessados em adquirir um ativo único.

Security tokens

Os Security tokens são representações de valores mobiliários, como ações negociadas na Bolsa de Valores, e funcionam como investimentos com expectativa de lucro. 

Por estarem diretamente ligados a produtos financeiros regulados, os security tokens também são regulamentados e precisam atender às normas do mercado de capitais.

Os tokens são seguros?

Os tokens são criados e operam por meio da tecnologia blockchain, que é considerada segura. 

Basicamente, ela registra transações em blocos de dados, que são armazenados de forma descentralizada pelos participantes das operações, e que passam por criptografia avançada. Essa é a mesma tecnologia utilizada por redes de criptomoedas como Ethereum e Bitcoin. 

Porém, apesar de ser bastante difícil hackear uma blockchain, já houveram casos de tokens com smart contracts com falhas de programação que ocasionaram em roubos de ativos dos usuários.

Para evitar sofrer um golpe e perder dinheiro com tokens falhos, é importante que o investidor pesquise bastante antes de adquirir seu token, procurando saber o histórico do criptoativo e conhecer o projeto por trás dele. 

O que pode virar token?

Quase tudo pode virar um token atualmente. Quando dizemos que algo foi “tokenizado”, isso significa na prática que o bem foi fragmentado em diversas frações digitais. Assim, um imóvel, por exemplo, que tenha um valor real de R$ 200 mil, pode ser dividido em 1 mil tokens, sendo que cada uma dessas representações digitais desse bem (os tokens) valerá R$ 200,00 neste caso.

Entre os ativos que podem virar token, podemos citar: 

  • Imóveis;
  • Equipamentos;
  • Propriedades intelectuais e obras com direitos autorais;
  • Precatórios;
  • Metais preciosos;
  • Fundos de investimento;
  • Títulos;
  • Ações.

Quanto vale um token?

O valor de um token é baseado no ativo real no qual ele é lastreado. Por exemplo, se um token tem o lastro ligado a um terreno digital que vale R$ 1 milhão, e que foi fracionado em 100 mil tokens, então cada um vale R$ 10,00.

O valor de um token também pode sofrer variações de acordo com a movimentação do mercado, assim como acontece com outros ativos, como ações negociadas na bolsa de valores. Assim, se alguém adquire um token X, e a rede do projeto tem um crescimento no número de usuários e investidores, o valor do token também tende a subir.

Por essas razões, o custo para adquirir um token pode variar bastante. Em fevereiro de 2022, era possível encontrar opções a partir de apenas alguns centavos, e outras na casa das centenas de milhares de reais. 

Quais são os maiores tokens em valor de mercado?

De acordo com a cotação do Coin Market Cap em fevereiro de 2022, os maiores tokens em termos de valor de mercado são:

  • Theter (USDT);
  • USD Coin (USDC);
  • Binance USD (BUSD);
  • Shiba Inu (SHIB);
  • Crypto.com Coin (CRO);
  • Wrapped Bitcoin (WBTC);
  • Dai (DAI);
  • Chainlink (LINK);
  • Uniswap (UNI);
  • FTX Token (FTT).

Quais as vantagens de tokenizar um ativo?

Existem diversas vantagens em tokenizar um ativo, tanto para o emissor do token, quanto para quem o adquire. A principal delas é a possibilidade de negociar e fazer operações com pequenas frações de um determinado ativo. Isso torna o bem mais acessível aos investidores e possibilita injetar mais capital em projetos.

Outra vantagem importante é a digitalização – um ativo real passa a ter uma representação digital, o que o torna mais maleável para negociações e permite a abertura para novos tipos de mercados. 

A transparência também é um ponto relevante, já que as informações acerca do ativo tokenizado ficam registradas na blockchain e passam a ser mais acessíveis aos proprietários do token, que podem fazer um rastreamento completo de cada transação.

Existe ainda o fator segurança, já que utilizar uma blockchain e smart contracts para as operações torna o processo automatizado e seguro, não dependendo de entidades terceiras para as transações serem autenticadas.

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