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Finanças

Resumo dos Analistas: novembro inesquecível, mas fiscal vai pesar na bolsa

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

  • Neste último dia útil do mês de novembro, após eleições municipais, que mantinham a pauta econômica parada no Congresso, o ano legislativo entra numa corrida contra o tempo. As próximas semanas, até o Natal, serão decisivas para dar direção ao quadro fiscal do País, mas é pouco provável que essa agenda avance, já que outro interesse move os parlamentares, como a sucessão na Câmara e no Senado;
  • Hoje, as bolsas globais indicam realização de lucros no fechamento de um mês de ganhos históricos puxados pelas vacinas contra a covid; o Dow Jones futuro recua 0,50% e Nasdaq (+0,01%). Na Europa, no final de semana circulou notícia de que Reino Unido disse que falta cerca de uma semana para acordo do Brexit com a União Europeia (prazo até 31/12);
  • Além disso, o  Reino Unido aguarda aprovação de vacina da Pfizer e as primeiras doses podem ser dadas no início de dezembro, sendo o primeiro país a começar a vacinação; a bolsa de Frankfurt sobe 0,38% e Londres (+0,33%);
  • Mais um dado positivo vindo da Ásia, o PMI industrial da China subiu em novembro a 52,1 pontos, maior nível em três anos, com demanda forte;
  • No Japão, a produção industrial avança 3,8% em outubro, emplaca quinta alta seguida e supera estimativa (2,4%);
  • Porém mais cedo, as bolsas asiáticas já tinham ido para a realização dos ganhos de novembro; Xangai (-0,49%), Nikkei (-0,79%), Hong Kong (-0,49%), Seul (-1,60%).

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

  • No IBOV temos formado um candle no diário que é sugestão de topo, mas se a realização vier e ficar limitada a faixa dos 108.300 pontos, a força compradora deve retornar em seguida, buscando novamente os 112.000 pontos, indicado nos últimos dias.

Cenário macroeconômico (Murilo Breder):

  • O viés positivo não acabou após o Ibovespa ter ultrapassado a casa dos 110 mil pontos pela primeira desde fevereiro de 2020. Além do otimismo com o avanço das vacinas contra o novo coronavírus, a autorização da transição de governo e os primeiros nomes escolhidos por Joe Biden para compor sua equipe animaram os mercados nesta semana;
  • O futuro presidente americano indicou a ex-presidente do Fed, Janet Yellen, para ser secretária do Tesouro, cargo equivalente ao de Ministro da Economia. Conhecida pelo viés expansionista, podemos ver ainda mais estímulos fiscais no governo de Biden;
  • As indicações de Biden mostram um governo americano mais alinhado com a globalização, o que pode reduzir as tensões internacionais e aumentar o apetite pelos riscos, beneficiando economias emergentes como o Brasil;
  • Apesar da semana com uma menor liquidez diante do feriado de Ações de Graças nos EUA, os R$ 30 bilhões oriundos dos estrangeiros na B3 no mês de novembro também ajudaram a Bolsa brasileira a ter mais uma boa performance semanal. No ritmo da entrada do fluxo estrangeiro e do bom humor para as empresas ligadas à commodities como Vale e Petrobras, o Ibovespa emendou sua quarta semana consecutiva de alta e fechou a semana com uma alta de 4,3% aos 110.575 pontos.

Cenário corporativo (Murilo Breder): 

  • O principal destaque é para a ação da Terra Santa Agro (TESA3), que disparou 35,5% em meio ao anúncio de potencial combinação de negócios com a SLC Agrícola (SLCE3, 9,1%). A transação vai ao encontro da estratégia da SLC, além de aumentar em 30% o portfólio com a aquisição, pretende crescer com um misto de terras próprias e arrendadas, estratégia que aumenta o risco, mas com maior possibilidade de retorno;
  • As units da Klabin (KLBN11, 3,7%) também foram destaque no pregão. Na noite de quinta-feira (26), os acionistas aprovaram a incorporação da Sogemar, detentora dos direitos da marca ‘Klabin’;
  • A aprovação resulta no fim do pagamento de royalties à família controladora, o que melhora a governança corporativa já que põe fim a um pagamento extra sem sentido aos membros da família;
  • Por fim, o conselho do Itaú (ITUB4, +0,8%) aprovou a cisão da XP Inc. em uma nova sociedade (‘Newco’). A segregação é positiva pois deve evidenciar o baixo múltiplo pelo qual o maior banco privado brasileiro está sendo negociado (ex-XP), além de concretizar crescente a rivalidade entre Itaú x XP ao longo dos últimos meses.
Indicadores
Brasil:
Boletim Focus (Banco Central)
Nota de política fiscal (Banco Central)
Resultador primário do setor público consolidado (Banco Central)
Sondagem de serviços (FGV)
EUA:
Gastos do consumidor 
Índice de atividade manufatureira (Fed de Dallas)
Europa:
Áustria: conferência da Opep
Ásia:
China: PMI Industrial (novembro)
Japão: Taxa de desemprego

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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