Economistas ouvidos pelo jornal “New York Post” calculam que os Jogos Olímpicos de Tóquio 2021 devem custar 400% a mais que o previsto e boa parte deste montante não deve ser recuperada. Desde 1960, cada edição das Olimpíadas estourou o orçamento em 172%, na média, segundo a Universidade de Oxford.
O economista Andrew Zimbalist , autor do livro “Circus Maximus: The Economic Gamble Behind Hosting the Olympics and the World Cup”, afirmou ao New York Post que ele prevê que as Olimpíadas de Tóquio custem ao comitê organizador US$ 35 bilhões, bem acima dos US$ 7,3 bilhões previstos inicialmente.
A conta ficou mais cara em meio a uma mistura de adiamentos, pandemia da covid-19 e os Jogos de Verão que já ultrapassavam o orçamento antes mesmo de a pandemia fazer com que as Olimpíadas de 2020 custassem US$ 800 milhões em impostos, ressaltou o jornal.
Segundo a publicação, os contribuintes japoneses estão tendo que arcar com os custos de um evento em que apenas uma em cada 10 pessoas desejam que acontecesse, sem contar que o Comitê Organizador de Tóquio terá bilhões em dívidas.
Zimbalist acredita que o comitê local vai perder US$ 30 bilhões nos jogos de Tóquio. Apenas o adiamento em um ano acrescentou US$ 3 bilhões em custos para manter os protocolos contra a covid-19 nas instalações. O Comitê Organizador previsou negociar novos contratos, adiar a venda de imóveis na Vila Olímpica, além de outros custos relacionados ao atraso do evento que, segundo Zimbalist disse ao jornal, terá um custo de US$ 5 bilhões.
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