O XINA11, um ETF que replica o MSCI China – índice composto por 800 empresas chinesas – vem acumulando quedas expressivas. Desde seu lançamento na B3, ele acumula uma queda de mais de 12%. A questão é que tanto as bolsas chinesas como as de Hong Kong vêm acumulando mais baixas do que altas. E fica a pergunta: por quê?
A questão vai muito além dos fundamentos das empresas chinesas. E a resposta esbarra na política chinesa, que diga-se de passagem, não é uma democracia. O país vive sob o comando de um regime comunista. Regime este que se incomoda com o poder de gigantes como Alibaba e WeChat.
O índice Shangai – o mais importante da China – vem acumulando sucessivas quedas no ano. Já o índice de Hong Kong, onde grande parte das empresas de tecnologia chinesas é listada, recuou cerca de 5% em dólar até final de julho. E como era esperado, esse movimento refletiu no XINA11 – um fundo de índice disponível aos investidores brasileiros.
A questão é que não é de hoje que a China interfere no ambiente corporativo. O caso mais recente não aconteceu no setor de tecnologia, mas no de educação, que impediu empresas privadas do segmento de abrirem capital e constituírem fundos, levantando diversas preocupações. Afinal, o fato de empresas de educação não mais poderem visar lucro traz algumas mudanças para o racional de investimento no longo prazo nesse setor.
Antes dessa última interferência, o governo chinês cancelou o IPO do braço financeiro do Alibaba, o Ant Group, seguido pelo estranho desaparecimento de seu CEO e fundador, Jack Ma. Outro caso foi o da empresa chinesa Didi, dona do aplicativo de transporte 99 (também conhecida como o Uber Chinês), que abriu capital em Nova York e uma semana depois teve o seu app tirado do ar, além de outras restrições. Com isso, as ações da companhia chegaram a acumular queda de 40% em 23 de julho.
Mas dado esse panorama, o que os investidores devem fazer: ficar longe dos ativos chineses? No Cafeína de hoje, Samy Dana e Dony De Nuccio contam porque não.
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