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Quero formar uma reserva para a faculdade do meu filho. Como investir?

Leitor quer saber qual a melhor estratégia para custear os estudos do filho; envie sua pergunta por e-mail.

faculdade

Pergunta do leitor: Gostaria de criar uma reserva de emergência para pagar a faculdade do meu filho daqui a 10 anos. Quais as opções disponíveis para investir?

Resposta de Rejane Tamoto*:

Garantir os estudos é um dos mais importantes investimentos que os pais podem fazer, pois é o que permitirá ao filho independência financeira. Afinal, não há estratégia que gere mais renda do que o investimento em uma carreira bem construída e bem-sucedida. No entanto, antes de investir com foco nesse objetivo, é preciso garantir que esse plano não seja atropelado por imprevistos.

Não há situação mais frustrante do que a de precisar resgatar a reserva construída em benefício do filho para cobrir um período de dificuldades financeiras. Então, recomendo que o primeiro passo seja constituir uma reserva de emergência, na qual deve ser deixado um valor que equivale a seis meses de despesas familiares em aplicação de renda fixa, de baixo risco e de rápido resgate em caso de necessidade.  

Se já tem os recursos na reserva, é importante avaliar o quanto precisará investir mensalmente para atingir o objetivo de custear os estudos do filho daqui a 10 anos. Se ainda não tem o valor que poderia custear a faculdade se ela começasse hoje, o ideal é programar aplicações regulares em uma carteira de investimentos. Um planejador fiduciário pode ser um importante aliado nesses cálculos, que são importantes para atingir o seu objetivo no futuro.  

A carteira de investimentos deve ser diversificada, o que significa que os recursos investidos não devem ficar concentrados em um só tipo de aplicação financeira, mas distribuídos em diferentes modalidades. Como o prazo de investimento é de 10 anos, há um rol de possibilidades, mas para que isso seja bem feito, é preciso preencher o questionário de análise de perfil de risco da instituição financeira na qual pretende manter os investimentos.

Assim, terá informação sobre quanto pode investir, no máximo, em aplicações de maior risco e retorno, como ações nacionais e internacionais, multimercado, títulos de longo prazo entre outras. São aplicações que têm potencial de permitir o crescimento dos investimentos para que, após 10 anos, eles sejam suficientes para custear a faculdade do filho. 

É importante avaliar, nesse processo, o quanto essa carteira tem potencial de entregar retorno acima da inflação, já que o valor que hoje poderia custear um período inteiro de estudos não é o mesmo que será capaz de pagar esse mesmo projeto daqui a 10 anos. 

A diversificação dos investimentos é importante para não expor todos os seus recursos a um só movimento de mercado. Mas exige conhecimento sobre como esses movimentos atuam em ações nacionais e internacionais, juros e moedas. Os fundos de investimentos fazem essa diversificação de forma eficiente e profissionalizada, pois realizam um controle dos riscos de oscilação negativa dos recursos, gerando efeitos positivos no longo prazo.

Para escolher os fundos, observe se os administradores são sólidos, pois respondem pela segurança dos recursos. Procure conhecer quem é o gestor, e seu histórico como profissional, tomando cuidado para não escolher olhando só para o retorno passado, pois ele não é garantia de ganhos futuros. Assim, poderá avaliar se a taxa de administração tem uma boa relação custo-benefício.  

Paralelamente, se possível, construa uma reserva de longo prazo para você também possa garantir independência financeira na aposentadoria. No Brasil, apenas 3% das pessoas que se aposentam têm recursos suficientes para viver de forma independente.

A grande maioria dos aposentados que recebem o benefício do governo precisa de ajuda dos filhos e da família ou mesmo continuar trabalhando. Montar esse pé de meia para o futuro, além de garantir qualidade de vida na longevidade, também permitirá ao filho independência financeira em um prazo ainda mais longo. 

*Planejadora Fiduciária da Fiduc.

As informações neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação. Envie sua pergunta para [email protected]

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Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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