Após uma semana conturbada, as bolsas da Ásia tiveram um dia positivo nessa segunda feira ainda repercutindo os resultados das bolsas americanas de sexta feira. Com isso, o pregão se encerra com Nikkei: +1,78%, Shanghai: +1,45%, Hang Seng: +1,05% e KOSPI: +0,97%.
Nos mercados europeus, a segunda também é de ganhos até o momento com reações positivas a divulgação das prévias do PMI de agosto da Alemanha, Reino Unido e zona do euro. A reação é vista nos índices DAX: +0,21, FTSE: +0,47%, CAC: +0,92%, IBEX: +0,61% e Euro Stoxx: +0,61% e os mercados devem acompanhar a divulgação do PIB dos segundo trimestre da Alemanha na terça feira, 24/08 com expectativa de um crescimento de 1,5% na comparação trimestral.
As commodities também demonstram uma recuperação com Ouro: +0,50%, Petróleo Brent: +3,20%, Petróleo WTI: +3,12% e Bitcoin: +2,25%.
Cenário Interno
A semana passada foi marcada por dias de descolamento do desempenho negativo da bolsa brasileiro do desempenho positivo de bolsas internacionais como resultado do aumento da percepção do risco político e fiscal, que invadem o mercado acionário, de juros e câmbio.
Ibovespa
Após perder a faixa dos 125 mil pontos, o índice registrou uma forte queda até a mínima da semana em 116.040,34 pontos e mostrar uma correção que ajudou a termos os 2 últimos dias da semana positivos mas a projeção ainda é negativa no curto prazo, uma vez que o índice se encontra abaixo das médias mais curtas como de 9 e 21 períodos e abaixo da média aritmética de 200 períodos no gráfico diário, reforçando essa visão negativa.
Mesmo com a sanção da LDO de 2022 e veto da verba de R$ 5,7 bilhões do fundão eleitoral, o mercado ainda deve olhar com receios os próximos atos do governo, em especial a proposta da reforma tributária que continua sem um futuro claro, a PEC dos precatórios e o pedido de impeachment contra Alexandre Moraes, do STF.
Juros Futuros
Os juros futuros continuam ganhando tração e subindo a medida que o mercado enxerga mais risco no brasil com a aproximação do ano eleitoral e o medo de que propostas populistas possam por em dúvida a capacidade do governo de respeitar o teto de gastos. Como reflexo, notamos juros na casa de 10% continuam a avançar em vencimentos a partir de 2027 para frente enquanto no começo de agosto, as taxas máximas negociadas em 9,47% para vencimento apenas em 2031.
Um evento que pode arrefecer os ânimos das taxas negociadas é a divulgação do IPCA-15 de agosto caso demonstre uma desaceleração referente ao mês de agosto.
Câmbio
O dólar continua pressionado com o aumento dos riscos mencionados mostrando a aversão ao risco pelo investidor, que opta pelo dólar por ser um ativo de fuga e busca investir em mercados com menores riscos como as bolsas americanas.
Indicadores e eventos
- Brasil: Boletim Focus;
- EUA: PMI preliminar de agosto;
- Zona do Euro: PMI preliminar de agosto;
- Reino Unido: PMI preliminar de agosto;
- Alemanha: PMI preliminar de agosto;