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Finanças

Morning Call: pautas do governo se destacam em semana com ânimos controlados

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global e bolsa de valores

Com inflação preocupando os investidores na zona do Euro, a dirigente do Banco Central Europeu, Isabel Schnabel, declarou hoje que a inflação deve começar a desacelerar de forma mais acelerada a partir de 2022. Entre os motivos da taxa elevada atual, ela lista o efeito base que a pandemia causou e reforçou a missão de buscar estabilidade nos preços. Apesar da decisão do Banco Central Europeu de diminuir o ritmo de compra de ativos, a fala de Schnabel fez com que os mercados tivessem um início de semana positiva com DAX: +1,03%, FTSE: +0,75%, CAC: +0,76%, IBEX: +1,27% e Euro Stoxx: +0,87%.

Na Ásia, a atenção volta a mais um capítulo de interferência do governo chinês que, através de seus órgãos reguladores, exige que o grupo Ant Financial, braço financeiro da Alibaba, faça a reestruturação do app Alipay de modo que alguns dados de clientes relacionados a decisões de crédito serão controlados pelo governo. Como resultado, apesar da maioria das bolsas asiáticas fecharem a segunda feira com ganhos, o índice Star50 que acompanha as grandes empresas de tecnologia da China, registrou uma queda de 2,97%. No fechamento do dia, as bolsas tiveram Nikkei: +0,22%, Shanghai: +0,33%, Hong Kong: -1,50% e Kospi: +0,07%.

Cenário no Brasil

O cenário brasileiro respirou com alívio em reação á carta do presidente Jair Bolsonaro acalmando os ânimos e minimizando os atritos intensificados durante os discursos do feriado de 7 de setembro. Porém ainda existem outras preocupações em relação à direção do país como a PEC os precatórios, que deverá ser discutida nessa semana, o avanço da reforma tributária, a alta imprevisibilidade do próximo ano eleitoral e o desenrolar da criação da nova estatal ENBpar para tratar a desestatização da Eletrobrás, uma vez que a nova empresa pode assumir os ativos não privatizados da Eletrobrás.

Ibovespa

Fonte:TradingView

O índice continua em sua tendência de baixa no curto prazo sem sinais de reversões até o momento por estar abaixo da média de 21 períodos no gráfico semanal e abaixo também das médias de 21 e 200 períodos no gráfico diário. Com prováveis dias alternados de altas e baixas, o índice pode descer até o suporte nos 110 mil pontos. Caso comece a demonstrar uma reação positiva de curto prazo, os 120 mil pontos devem servir como primeira resistência a ser vencida.

Juros

O reflexo do mercado à carta presidencial trouxe um alívio ao mercado conseguindo abaixar as taxas em todos os vencimentos na sexta feira. Porém na semana toda a curva ainda registrou alta com maior impacto na ponta curta, refletindo maiores riscos como crise hídrica, aumento de atrito entre os poderes, a possível greve dos caminhoneiros e a inflação medida pelo IPCA que registrou alta de 0,87% em agosto e já atinge os 9,68% de alta acumulada em 12 meses. Um dos resultados dessas altas nos juros é o contrato com vencimento em janeiro de 2025 ser negociado com taxa acima de 10%, algo que tinha atingido os contratos de 2026 em diante e também o contrato para 2031 que registra taxa de 11%.

Dólar

Em mais uma semana de alta, o dólar vem demonstrado essa aversão ao risco política ao passar da mínima da primeira semana se setembro aos R$ 5,13, passando pela máxima da semana passada aos R$ 5,35 e encerrando a semana em R$ 5,26.

Indicadores e eventos:
Brasil: Boletim Focus e Balança Comercial
EUA: Presidente do BCE, Christine Lagarde, discursa sobre retomada pós-covid-19 na conferência internacional de Aspen (10h30)
Áustria: Opep divulga relatório mensal de mercado

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