Cenário global e bolsa de valores
Hoje no cenários externo, o presidente do banco central americano, Jerome Powell tem mais uma oportunidade de defender os argumentos para o tapering gradual em novembro, que até o momento não trouxe volatilidade para as bolsas, mas está mexendo com as taxas dos títulos soberanos e no câmbio em escala global com impacto maior sobre os emergentes que perdem liquidez em seus mercados. Além disso, a secretária do tesouro americano, Jenet Yellen, fará um apelo para que o Congresso suspenda o teto da dívida, missão difícil contra os republicanos que são contra. Ambos falam às 11h no Senado americano.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, algumas em baixa, refletindo a redução da projeções de crescimento da China em razão de preocupações com choques de oferta. Além disso, os esforços da China para cumprir metas de redução de consumo de energia e de emissões de carbono estão levando economistas a revisar para baixo previsões de avanço do PIB do país para este ano. Com este cenário, o índice Nikkei em Tóquio caiu (-0,19%) a 30.183,96 pontos e, em Seul, o Kospi perdeu (-1,14%), a 3.097,92 pontos. Na China, o Xangai registrou alta de (+0,54%) a 3.602,22 pontos e, em Hong Kiong, o Hang Seng também teve alta de (+1,20%) a 24.500,39 pontos graças ao que parece ser uma dissipação dos temores dos investidores com a crise de liquidez da Evergrande. A ação da gigante imobiliária chinesa subiu (+4,71%) em Hong Kong, impulsionando outras empresas do setor.
Cenário no Brasil
Aqui, o dia começa cedo, com a ata do Copom (8h), que deve explicar a opção por um ritmo moderado do aperto da Selic, mesmo com a inflação e as expectativas elevadas, contrariando os agentes do mercado que acham que o Banco Central está atrás da curva de juros desde sempre, mas é uma situação delicada, pois uma dose de aperto maior também prejudica o crescimento que está comprometido. Nesta 2ªF, o leilão de swap extraordinário não teve efeito no câmbio e ainda pressionou a curva de juros, com o BC mostrando preocupação pelo contágio do dólar alto sobre os preços.
Ibovespa
Em dia fraco em Nova York, o Ibovespa passou a maior parte do dia no negativo, sem que as siderúrgicas pudessem se favorecer da alta do minério. Petrobras ainda se beneficiou dos ganhos do petróleo, mas o aviso de uma entrevista coletiva da Petrobras no meio de pregão assustou os investidores e colocou o Ibovespa no negativo. A declaração do presidente Silva e Luna, que descartou mudança na política de preços da Petrobras, ajudou a bolsa na reta final, para um fechamento positivo do índice, a 113.583,01 pontos (+0,27%), com volume financeiro de R$ 30,5 bilhões. No pano de fundo, o mercado esbarra na expectativa em relação aos precatórios e à questão fiscal, além de reforma do IR no Senado, inflação e juros altos. Do lado externo, a sinalização de que o Fed anunciará o tapering em novembro cria um ambiente menos favorável para os emergentes.
indicadores e eventos
Brasil |
FGV: Sondagem da Indústria em setembro (8h) |
Governo Central deve ter déficit primário de R$ 15,450 bilhões em agosto (14h30) |
BC divulga ata do Copom (8h) |
EUA |
Presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, faz discurso de abertura de Simpósio de Pagamentos de Chicago (10h) |
Conference Board: índice de confiança do consumidor em setembro (11h) |
Secretária do Tesouro, Janet Yellen, e presidente do Fed, Jerome Powell, testemunham diante do Comitê Bancário do Senado (11h) |
Secretária do Tesouro, Janet Yellen, participa de evento anual da Associação Nacional para Economia Empresarial (15h) |
Presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, fala em evento virtual da Coalizão de bancos médios da América (MBCA) (16h) |
API: estoques de petróleo da semana até 24/09 (17h30) |
Presidente do Fed de St.Louis, James Bullard, discursa sobre política monetária em evento do BC das Filipinas (20h) |