Morning Call: mercado de olho no payroll e IPCA

Cenário global e bolsa de valores

Nesta sexta-feira, o IPCA e payroll encerram a semana e são os destaques tão esperados. Mas ontem, Senado dos EUA aprovou a elevação do teto da dívida em quase meio trilhão de dólares, até 3 de dezembro. Apesar de temporário, esse fôlego será relevante para o mercado e para o Fed, que poderá seguir adiante com os planos de anunciar o tapering em novembro, que marcará o início da redução de estímulos monetários é que já faz preço no juro, na bolsa e no câmbio em todo o mundo, como maior impacto nas economias emergentes. Hoje, o payroll (9h30) deve consolidar essas apostas, pois os dados de emprego são considerados os mais importantes para o banco central americano. Aqui, o IPCA (9h) pode registrar a maior inflação para setembro em quase três décadas, se confirmar as expectativas de alta para 1,25%. Com esses dados em mãos, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, faz palestra em evento do Itaú BBA (14h).

Assim como em todo o mundo, investidores da Ásia estão na expectativa do relatório de empregos nos EUA (payroll), que é determinante para a confirmação do início do tapering previsto pelo Fed para novembro. As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, acompanhando o movimento das bolsas de NY após o Congresso americano aprovar acordo provisório para elevar temporariamente o teto da dívida e permitir que a Casa Branca se mantenha financiada até dezembro. Na China, após a volta de um longo feriado, o índice de Xangai subiu +0,67% fechando a 3.592,17 pontos. Dados de atividade mostraram que o setor de serviços chinês e a atividade econômica como um todo voltaram a se expandir em setembro. Em Tóquio, o Nikkei encerrou o dia com valorização de +1,34%, a 28.048,94 pontos e, em Hong Kong, o Hang Seng terminou em alta de +0,55%, a 24.837,85 pontos. Entretanto, em Seul, o Kospi caiu -0,11%, a 2.956,30 pontos.

Pré-Mercado em NY:

▪️Futuros: Dow Jones (+0,01%), S&P 500 (-0,1%), Nasdaq (-0,03%)
▪️Índice de dólar DXY: -0,07% (94,148 pontos)
▪️Petróleo: Brent a US$ 82,68 (+0,89%); WTI a US$ 79,03 (+0,93%)
▪️Ouro: +0,03%, a US$ 1.759,70 a onça-troy na Comex
▪️Treasuries: T-note de 10 anos a 1,59510 (de 1,57560)

Bolsas na Europa:

▪️Londres (+0,06%) a 7.082.32
▪️Frankfurt (-0,34%) a 15.199,51
▪️Paris (-0,47%) a 6.569,23
▪️Madrid (-0,25%) a 8.940,70

Cenário no Brasil

Assim como no cenário global, aqui no Brasil é ainda mais importante e o investidor fica ligado no relatório de emprego nos EUA que terá impacto nas medidas de estímulos monetários do Fed, se mostrar recuperação no mercado de trabalho, e por consequência a redução de liquidez global impacta ativos de riscos e mercados emergentes, como nós. Além disso, teremos dados importantes de inflação de setembro e a dobradinha de Paulo Gudes e Campos Neto em eventos hoje.

Conforme falado acima, às 9h o IBGE divulga o IPCA de setembro em um momento de muita preocupação com a inflação no Brasil e também no exterior. Segundo dados Reuters, a inflação poderá chegar a 10,33% em 12 meses. A partir das 12h, o mercado fica ligado nos ministro da economia e no presidente do bancos central, Guedes participa as 12h de evento do Itaú e Campos Neto às 14h no Itaú BBA.

Ibovespa

Os 3 últimos pregões apresentaram uma oscilação diária em direções diferentes e fechamentos em próximos à abertura, indicando uma indecisão de mercado. Por enquanto, o índice continua abaixo das médias diárias de 21 e 200 períodos mas demonstrou que a faixa entre 108 e 110 mil pontos serviu bem como suporte.

É de grande importância que o índice mostre uma força compradora especificamente nessa região próxima à média diária de 21 períodos para que seja possível considerar um primeiro sinal de reversão, mesmo que de curto prazo.

Indicadores econômicos e eventos