O Tesouro Pré-fixado 2026 é o título do governo com a porta de entrada mais acessível para os investidores. Por cerca de R$ 31 é possível investir no título, cujo vencimento será em 1º de janeiro de 2026. Ele está oferecendo uma rentabilidade na casa dos 11% ao ano. Este título tem o menor preço unitário – menos de R$ 630 atualmente. E é possível investir nele com pouco mais de R$ 30, já que é possível comprar frações de uma cota.
Já o segundo título do governo mais barato é o Tesouro IPCA+ 2045, que paga hoje o IPCA (o título que mede a inflação) + 5,4%. Em contrapartida, o título que tem a cota mais cara é o Tesouro Selic 2024. O seu preço unitário é de mais de R$ 11 mil, e o valor de entrada está em cerca de R$ 110. A rentabilidade dele é a Selic mais uma pequena taxa, que hoje está em 0,12% ao ano.
Onde está o problema?
A questão é que o título mais caro do Tesouro Direto – o Tesouro Selic – é, na verdade, o menos arriscado. E os mais baratos – o Pré-fixado 2026 e o IPCA+ 2045 – têm um risco embutido que muitos investidores iniciantes não conhecem: a marcação a mercado.
E o risco da marcação a mercado é justamente pelo fato da taxa desses títulos “mais arriscados” mudar todo dia – e às vezes mais de uma vez no dia –, o que afeta o preço do título caso o investidor queira vendê-lo antes do vencimento.
Isso acontece porque, quando o cenário econômico piora, os investidores exigem uma taxa maior para financiar o governo. E, quando as taxas sobem, os títulos que já foram vendidos se desvalorizam. Porém, quem carrega o título até o seu vencimento não sofre a marcação.
O problema é que os prefixados são mais baratos do que o Tesouro Selic, que praticamente não oscila devido à marcação a mercado. E o Tesouro Selic é que deveria ser o mais barato da plataforma.
No Cafeína de hoje, Samy Dana e Dony De Nuccio explicam o que deve ser levado em consideração antes de escolher um título público.