Cenário global e bolsa de valores
No cenário externo, além da cautela em relação ao mercado acionário e ao dólar, o petróleo caía diante de conversas de uma liberação coordenada de reservas depois que Estados Unidos e China indicaram que podem acessar suas reservas de combustíveis. As bolsas europeias operam em níveis recordes nesta quinta-feira, mas próximas da estabilidade, puxadas por fortes resultados corporativos, embora a fraqueza nos papéis relacionados a commodities, devido a quedas nos preços do petróleo e dos metais, limitassem os ganhos.
O dia do mercado acionário da Ásia foi negativo nesta 5ªF. Na China, o Xangai fechou em queda de -0,47%, em 3.520,71 pontos. Ações de incorporadoras caíram, após dados modestos do setor relativos a outubro. Consultores dizem que o governo não conseguiu imprimir a confiança do consumidor neste segmento fazendo com que papéis de incorporadoras tivessem quedas de mais de 2%. Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei caiu -0,30%, a 29.598,66 pontos com ações de energia e transporte marítimo sendo negociadas em condições ruins. Investidores aguardam também notícias sobre eventual estímulo fiscal no Japão e outras iniciativas do primeiro-ministro Fumio Kishida. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu -1,29% a 25.319,72 pontos. Em Seul, o Kospi perdeu -0,51%, em 29.589,66 pontos. Ações de montadoras e de empresas ligadas ao consumo influenciaram negativamente.
Futuros: Dow Jones (+0,17%), S&P 500 (+0,31%), Nasdaq (+0,54%); Petróleo: Brent a US$ 79,89 (-0,49%); WTI a US$ 77,74 (-0,79%); Ouro: -0,18%, a US$ 1.866,80 a onça-troy na Comex; Treasuries: T-Note de 10 anos a 1,59660 (de 1,59060); Londres (-0,12%) a 7.282,69; Frankfurt (+0,08%) a 16.264,25; Paris (+0,19%) a 7.170,70; Madrid (+0,10%) a 9.002,00; Índice Stoxx 600 (+0,00%) a 489,40.
Cenário no Brasil
A cena política determina a direção da bolsa brasileira, com o andamento da PEC dos Precatórios no Congresso e as questões fiscais voltaram a pesar sobre os mercados nacionais, enquanto no exterior o rali dos mercados acionários globais e do dólar dava uma pausa nesta quinta-feira. O mercado passou a considerar que a PEC seria a opção viável para evitar um descontrole ainda maior das contas públicas, mesmo não a considerando a melhor medida. Mas a falta de avanço no Senado gera temores de adoção de “planos B” pelo governo, onde alguns senadores já sugerem retirar os precatórios do teto de gastos. No menor nível em um ano, o Ibovespa aproxima-se da marca dos 100 mil pontos e assusta os investidores, que temem ainda por uma correção das bolsas em NY, com a inflação reforçando os receios de uma ação antecipada do Fed com elevação dos juros.
Ibovespa
O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira pelo terceiro pregão seguido, passando a mostrar sinal negativo em novembro, em meio a renovadas preocupações com o quadro fiscal, em um contexto de deterioração nas perspectivas econômicas do país. IBOV: -1,39%, a 102.948,45 pontos; Volume financeiro: R$45,18 bi. O IBOV segue em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos e formar topos e fundos descendentes, além disso, um movimento de queda no curto prazo já foi consolidado, após operar abaixo da média móvel curta (21 períodos) e romper o fundo formado no dia 20 de setembro aos 107.500 pontos. Qualquer movimento positivo neste momento será considerado um repique de alta, dentro da tendência principal de baixa, portanto é necessário mais tempo e mais confirmações para reverter esta tendência.
Indicadores econômicos e eventos |
Turquia: política monetária (8h) |
FGV: 2ª prévia do IGP-M de novembro (8h) |
África do Sul: política monetária (10h) |
EUA: auxílio-desemprego (10h30) |