Destaques (José Falcão Castro):
- Vários líderes internacionais condenaram o caos em Washington DC, nesta 4ªF, após a invasão do Capitólio pelos seguidores de Trump, responsabilizado pelo “ataque à democracia”. Porém, o Congresso dos EUA certificou vitória de Biden, que tomará posse no dia 20 e Trump fez declaração afirmando que a transição será ordeira;
- No Pré-mercado de NY os índices futuros estende ganhos da sessão de ontem com foco na ampliação de estímulos após certificação de Biden; Dow Jones futuro avança 0,24%, S&P 500 (+0,40%) e Nasdaq (+0,67%);
- A inflação ao consumidor da zona do euro em dezembro recuou 0,3% na margem (projeção -0,2%); já as vendas do varejo em novembro tombaram 6,1% ante outubro (projeção -2,3%). Já o índice de confiança econômica da zona do euro em dezembro subiu a 90,4 pontos e superou a projeção (89,3), com “efeito vacina”;
- As bolsas europeias operam mistas após bateria de dados; Frankfurt avança 0,46%, Londres (-0,50%), Paris (+0,22%), Madri (-0,59%), Milão (-0,38%), Lisboa (+1,11%);
- No Brasil, foi divulgado mais cedo, o IPC-Fipe que desacelerou de 1,03% em novembro para 0,79% em dezembro; em 2020, alta de 5,62%.
Análise Gráfica – IBOV:
- IBOV segue em tendência de alta, testando e tentando romper o nível dos 120 mil pontos. Porém, após os fortes movimentos de alta, iniciados em novembro, a qualquer momento o índice poderá sofrer correções naturais e mais acentuadas até o nível dos 115 mil pontos, antes de dar continuidade ao movimento de alta atual.
Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):
- A saga pela renovação da máxima histórica continua. Após iniciar o dia no positivo, o Ibovespa acabou virando e fechando em queda de -0,23%, em 119.100 pontos;
- O motivo para a virada de humor foi a invasão do Capitólio por manifestantes a favor do presidente americano Donald Trump para impedir a certificação dos votos nos Colégios Eleitorais que oficializariam a eleição do democrata Joe Biden.
- Os EUA ainda se mantém nos holofotes, pois o mercado aguarda o segundo turno para a eleição do Senado no estado americano da Georgia. A primeira novidade foi a eleição do democrata Raphael Warnock. Agora, se a vitória de Ossoff contra Perdue for confirmada, os democratas ganham também a maioria senatorial. No caso de empate, o voto de minerva será da democrata Kamala Harris;
- Quem limitou um desempenho mais negativo na Bolsa brasileira foram as altas de ações de bancos e de blue chips ligadas a commodities apesar de diversos papéis do índice registrarem baixas. O movimento de hoje volta a evidenciar a continuação da rotação de setores por aqui;
- Enquanto as maiores altas do dia ficaram com as siderúrgicas Gerdau (GGBR4, +4,95%) e Usiminas (USIM5, +4,11%), B2W, Lojas Americanas, Magazine Luiza e Totvs ficaram entre as maiores quedas. O que as une é o fato de serem nomes mais ligados à tecnologia já que preocupação dos investidores com relação ao que os democratas poderão fazer para conter o poder das “big techs”;
- Já o cenário para as commodities continua otimista. Biden e seus assessores já vêm falando de amplos pacotes para reconstruir a infraestrutura americana através da modernização de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Decisões fáceis de serem aprovadas no Senado, os Estados Unidos podem consumir mais aço, o que eleva as cotações do minério de ferro, um dos principais produtos da pauta exportadora brasileira. A Gerdau também pode ser beneficiada diretamente por ter uma operação relevante no país.
Indicadores |
Brasil: |
Fipe: IPC de dezembro |
Tesouro faz leilão de LTN, NTN-F e LFT (11h) |
BC oferta até 16 mil contratos de swap cambial (US$ 800 mi) (11h30) |
EUA: |
Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego (10h30) |
Balança comercial de novembro (10h30) |
PMI de serviços em dezembro (12h) |
Europa: |
Zona do euro/Eurostat: CPI de dezembro e vendas no varejo em novembro (7h) |
Zona do euro/Comissão Europeia: índice de sentimento econômico e de confiança do consumidor em dezembro (7h) |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.