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Finanças

Negros e hispânicos ricos investem menos em ações, diz UBS

Mesmo entre milionários, disparidades raciais e étnicas mais amplas persistem no mercado acionário.

Homem negro

Milionários negros nos EUA, assim como hispânicos e latinos, têm uma alocação menor que a média em ações e maior interesse em investimentos sustentáveis, segundo o UBS.

Negros americanos com pelo menos US$ 1 milhão para investir têm, em média, 26% de seu dinheiro em ações globais, enquanto milionários hispânicos e latinos alocam 29% em ações, de acordo com estudo divulgado na quarta-feira pela unidade de gestão de patrimônio do banco com sede em Zurique. Os investidores de alto patrimônio líquido em geral têm 41% de seus investimentos vinculados a ações.

Os resultados mostram que, mesmo entre milionários, disparidades raciais e étnicas mais amplas persistem no investimento em ações.

Dados do Federal Reserve mostram que enquanto mais da metade das famílias brancas e outras possuem ações, essa participação cai para cerca de 24% e 34% para famílias hispânicas e negras, respectivamente.

Soluções para a disparidade

O investimento sustentável é parte da solução para essa lacuna, com particular ressonância entre os investidores negros, disse Melinda Hightower, chefe do segmento estratégico de clientes multiculturais do UBS Global Wealth Management.

A pesquisa descobriu que 79% dos milionários negros e 72% dos hispânicos de alta renda são a favor de investimentos que tenham um impacto social positivo, como promover a igualdade e a inclusão, em comparação com 49% no geral. 

Milionários negros também eram mais propensos a voltar suas compras e doações para empresas e instituições de caridade que são lideradas por ou apoiam membros de sua comunidade.

A maioria dos entrevistados disse que o setor financeiro é mais inclusivo agora do que na geração anterior. Ainda assim, 56% dos milionários negros e quase um quarto dos hispânicos e latinos de alto patrimônio líquido disseram que sofreram discriminação de empresas financeiras.

O estudo entrevistou mais de 3.000 investidores asiáticos, negros e hispânicos ou latinos e cerca de 2.000 investidores brancos. A pesquisa interna do UBS sugere que há quase 2 milhões de investidores no primeiro grupo em todo o país.

Entre as outras descobertas: os milionários hispânicos tendiam a sustentar a família estendida, deixando menos dinheiro para investir; uma parcela maior de indivíduos negros de alto patrimônio líquido investiu em imóveis em comparação com o grupo geral; e os milionários asiáticos eram mais propensos a citar a remuneração no local de trabalho como sua principal fonte de riqueza.

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