Cenário Global e de Bolsa de Valores
A semana começa com as bolsas da China, Taiwan fechadas devido ao feriado do Dia do Trabalho e conta com o feriados no Japão e Coreia do Sul durante a semana, que deve reduzir a liquidez global. As bolsas que tiveram pregão hoje encerraram o dia negativas com Japão: -0,11%, Índia: -0,20% e Coréia do Sul: -0,28%.
Parte do desempenho negativo é explicado pelo anúncio do governo chinês de novas medidas de luta a covid que devem restringir a circulação da população que além de mexer com as bolsas, ajudou na queda das commodities de energia como petróleo Brent: US$ 104,25 (-2,70%), e o WTI: 104 US$ (-3,31%).
Na Europa, um feriado bancário no Reino Unido mantém a bolsa fechada hoje enquanto as outras bolsas de valores operam em queda com Alemanha: -0,91%, França: -1,62%, Espanha: -0,77% e o índice Euro Stoxx: -1,76%.
Os fatores que mais contribuem para a aversão ao risco no início dessa semana são dados divulgados como as Vendas no Varejo da Alemanha em março que tiveram quedas de 0,1% na comparação mensal e queda de 2,7% na comparação anual, contrariando as expectativas de crescimento de 0,3% e 6,1% respectivamente. A confiança do Consumidor na zona do Euro em abril também sofrei passando de -21,6 pontos para -22 pontos contrariando uma melhora esperada de -16,9 pontos pelo mercado, que segue um conjunto de indicadores econômicos que refletem a alta inflação e preocupação com o conflito na Ucrânia.
Nos EUA, o mercado se mantém atento ao resultado da reunião do Fed que acontece nessa quarta feira, 04/05, para decisão da taxa de juros e que pode trazer novos detalhes quanto à redução do balanço do Banco Central dos EUA. Atualmente, as apostas são de que os juros venham ao intervalo de 0,75% a 1% podendo encerrar o ano entre 2,75% e 3% como forma de contenção da inflação.
Cenário no Brasil e Ibovespa
Por aqui, a temporada de balanços continua mas as expectativas se dividem com a reunião do Copom que deve elevar a taxa Selic de 11,75% para 12,75% conforme consenso esperado pelo mercado. As expectativas atuais de mercado são de elevações na Selic até os 13,75% durante o ano até o ciclo de baixa da taxa inicie com o controle inflacionário.
A inflação implícita negociada nos títulos públicos indica que o mercado espera o IPCA pressionado acima de 7% por até mais um ano e que cai para a casa dos 6% por toda a curva em todos os vencimentos superando os 3,5%, 3,25% e 3% de meta de inflação do Banco Central para 2022, 2023 e 2024 respectivamente.
Além disso, a recente volta das notícias que críticas ao STF pelo presidente Jair Bolsonaro fica no radar dos investidores como um gatilho que pode trazer mais aversão ao risco pelos investidores.
O índice Bovespa continuou pressionado pela queda do fluxo estrangeiro com retirada de R$ 5,94 bilhões em abril. No ano, o saldo continua positivo com R$ 59,39 bilhões. Parte dessa saída em abril é explicada pela mudança das expectativas de aumento de juros nos EUA que acaba atraindo capital internacional a um lugar seguro e que deve entregar uma rentabilidade mais interessante.
Indicadores econômicos e eventos
Brasil |
Boletim Focus |
IBC-Br de fevereiro |
IPC-S de abril |
EUA |
PMI industrial final de abril |
Investimentos em construção em março |
Reino Unido |
Feriado bancário deixa mercados fechados |
Alemanha |
PMI industrial final de abril |
Zona do euro |
PMI industrial final de abril |
Índice de confiança do consumidor final de abril |
China & Taiwan |
Feriado do dia do Trabalho |