A empresa de criptomoedas norte-americana Nomad sofreu um roubo de US$ 190 milhões, disseram pesquisadores de blockchain nesta terça-feira (2), no mais recente roubo desse tipo a atingir o setor de ativos digitais este ano.
A Nomad disse em um tuíte que estava “ciente do incidente” e estava investigando, sem dar mais detalhes ou o valor do roubo.
A empresa de análise de criptomoedas PeckShield disse à Reuters que US$ 190 milhões em criptomoedas dos usuários foram roubados, incluindo ether e stablecoin USDC. Outros pesquisadores de blockchain estimam o valor em mais de US$ 150 milhões.
A Nomad não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A companhia comunicou a polícia e está trabalhando com empresas forenses de blockchain para tentar identificar as contas envolvidas e recuperar os recursos, disse em comunicado à agência de notícias sobre criptoativos CoinDesk.
A Nomad, que na semana passada captou US$ 22 milhões de investidores, incluindo a importante exchange americana Coinbase Global, faz software que conectam diferentes blockchains.
O roubo teve como alvo a ‘ponte’ da Nomad – uma ferramenta que permite aos usuários transferir tokens entre blockchains. As ‘pontes’ blockchain tornaram-se cada vez mais alvo de roubos, que há muito atormentam o setor de criptomoedas.
A Nomad se descreve como uma empresa de “segurança em primeiro lugar”, que manteria os recursos dos usuários seguros.
A PeckShield disse que uma pequena proporção das moedas foi movida para o chamado “mixer”, que mascara a trilha de transações de criptomoedas, enquanto cerca de US$ 95 milhões foram retidos em três outras carteiras.
Mais de US$ 1 bilhão foi roubado de pontes até agora em 2022, de acordo com a empresa de análise de blockchain Elliptic.
Em junho, a empresa norte-americana de criptomoedas Harmony disse que ladrões roubaram cerca de US$ 100 milhões em tokens de seu produto Horizon Bridge.
Em março, hackers roubaram cerca de US$ 615 milhões em criptomoedas da Ronin Bridge, usadas para transferir criptomoedas para dentro e para fora do jogo Axie Infinity. Os Estados Unidos ligaram o caso a hackers norte-coreanos.
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