A corretora Avenue, fundada em 2018 com a proposta de facilitar o acesso dos brasileiros a investimentos nos Estados Unidos, quer chegar a 1 milhão de clientes em um “futuro próximo”, segundo Alexandre Reis, diretor de marketing da empresa. O executivo conversou com o Investnews durante o congresso Woman Invest Summit. A casa tem atualmente 600 mil clientes.
Embora não tenha estipulado um prazo, de acordo com Reis, a aquisição de uma participação da empresa pelo Itaú Unibanco (ITUB3, ITUB4), em julho deste ano, “acelerou” o plano de expansão da carteira de clientes. Na ocasião, a instituição financeira pagou R$ 493 milhões por 35% da corretora de valores.
“A gente sempre teve como plano esse crescimento, mas o Itaú acelerou. Não tem um prazo, vai depender do processo de integração, mas estamos em uma aceleração sem precedentes”, disse.
Para Sabrina Loureira, head de desenvolvimento e aprendizagem da corretora, a aquisição vai além do investimento que do banco fez na corretora. “É uma parceria que vai se desdobrar para os clientes do Itaú. A gente espera que eles passem a ser clientes da Avenue também”, acrescentou.
Sobre as expectativas em relação ao mercado, a executiva afirmou que a diminuição das restrições de circulação por conta da covid-19 tem contribuído para o avanço de demandas por serviços financeiros no exterior.
“As pessoas voltaram a viajar e a gente notou um fluxo muito grande de investidores vindo para o banking (conta corrente) da Avenue pelas vantagens de ter uma conta internacional em dólar e um cartão de débito internacional”.
A executivo mencionou ainda que o objetivo da Avenue é democratizar o investimento dos brasileiros no exterior a partir de processos fáceis, especialmente, para o pequeno investidor.
“Pelo tamanho do mercado financeiro norte-americano, é até injusto com os brasileiros só poder investir dentro do Brasil, que é um mercado irrisório. Quando a gente fala em termos globais, o mundo todo faz investimentos nos Estados Unidos”.
Sabrina reiterou sobre a importância de ter parte das reservas financeiras atreladas especialmente ao dólar. “O objetivo é dar esse acesso e mudar a mentalidade, para que o cliente entenda que não é arriscado investir no exterior, o arriscado é você não investir no exterior e manter o seu investimento 100% concentrado no Brasil”.
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