UE quer que plano bilionário financie chips
Alguns países da União Europeia querem que o plano bilionário de incentivo à produção de microprocessadores no bloco financie também a produção de chips atuais avançados e não apenas futuros semicondutores como proposto pela Comissão Europeia, de acordo com um documento do grupo de países visto pela Reuters.
Apresentado este ano, o European Chips Act da Comissão Europeia tem objetivo de reforçar a indústria de microprocessadores da UE e reduzir a sua dependência dos Estados Unidos e da Ásia, desencadeada pela crise global de escassez de suprimentos.
O órgão executivo da UE disse que os 45 bilhões de euros do plano são voltados apenas ao financiamento estatal de novas instalações de produção. A proposta precisa ser discutida com os países da UE e legisladores antes que possa tornar-se lei.
Diplomatas da UE dizem que alguns países, no entanto, querem ajuda estatal para a produção de chips atuais avançados usados por fabricantes de veículos.
A República Checa, que detém atualmente a presidência rotativa da União Europeia, chegou a um compromisso que poderia aplicar-se a uma gama mais ampla de chips subsidiados por governos, de acordo com o documento.
O documento diz que o critério de “instalação única” pode incluir inovação para melhorar o poder de computação ou o nível de segurança, proteção ou confiabilidade, ou em energia e desempenho ambiental.
Os embaixadores da UE podem chegar a acordo sobre uma posição comum no início dezembro, permitindo-lhes dar início às negociações com os legisladores do bloco para finalizar a legislação.
Cápsula da SpaceX pousa no mar com 4 astronautas da Estação Espacial
A quarta equipe de astronautas de longa duração lançada pela SpaceX para a Estação Espacial Internacional (ISS) retornou com segurança à Terra nesta sexta-feira, caindo no Oceano Atlântico no litoral do Estado norte-americano da Flórida após quase seis meses de pesquisa a bordo do posto orbital.
A cápsula SpaceX Crew Dragon, apelidada de Freedom, transportando três astronautas norte-americanos da Nasa e uma colega de tripulação italiana, da Agência Espacial Europeia, caiu de paraquedas no mar, concluindo um voo autônomo de cinco horas da ISS para casa.
O pouso na água, sob céu claro, por volta das 16h55 no horário local (17h55 no horário de Brasília), foi transmitido ao vivo online em uma transmissão conjunta da Nasa e da SpaceX.
Um membro da tripulação da Freedom, que se acredita ser o astronauta da Nasa Kjell Lindgren, de 49 anos, transmitiu uma mensagem por rádio momentos depois que a cápsula assumiu a posição vertical e estável na água.
“SpaceX, da Freedom, obrigado por um passeio incrível até a órbita e um passeio incrível para casa. Estou feliz por estar de volta”, acrescentou o astronauta.
Completando a tripulação da Freedom, que começou sua permanência em órbita em 27 de abril, estavam os compatriotas norte-americanos Jessica Watkins, 34, e Bob Hines, 47, bem como a italiana Samantha Cristoferetti, 45, que era comandante de sua expedição à ISS. Watkins se tornou a primeira mulher afro-americana a participar de uma missão de longa duração da ISS.
Fotos de câmeras internas do compartimento da tripulação mostraram os astronautas afivelados em seus assentos, vestidos com trajes espaciais brancos e pretos com capacete.
Plataforma da Petrobras no pré-sal bate recorde
O navio-plataforma P-68 da Petrobras (PETR4), que opera nos campos de Berbigão e Sururu, na área do pré-sal da Bacia de Santos, registrou um recorde diário de produção de 161.756 barris em 8 de outubro, informou a companhia nesta sexta-feira.
O FPSO (unidade flutuante de produção, armazenagem e transferência de petróleo) atingiu a marca após a entrada em produção do nono poço produtor, ultrapassando o recorde anterior, de 157 mil bpd, de junho deste ano.
Com capacidade de produzir até 150 mil bpd e processar 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia, a P-68 entrou em operação em 2019 e opera a cerca de 230 km da costa do Estado do Rio de Janeiro, em profundidade d’água de 2.280 metros.
Os campos de Berbigão e Sururu fazem parte da concessão BM-S-11A, operada pela Petrobras (42,5%), em parceria com a Shell Brasil Petróleo (25%), Total E&P do Brasil (22,5%) e a Petrogal (10%).
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