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Finanças

Ibovespa fecha em alta após fala de Bolsonaro e de olho em protestos; dólar cai

Investidores também ficaram atentos aos primeiros relatos do PT sobre a equipe do novo governo e suas políticas.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta nesta terça-feira (1), após o presidente Jair Bolsonaro ter se pronunciado pela primeira vez depois da derrota nas urnas no domingo (30). O mercado seguiu atento aos bloqueios nas estradas e especula sobre os próximos passos do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e monitorando o bloqueio e a interdição de estradas no país.

O Ibovespa avançou 0,77%, aos 116.929 pontos, após ter alcançado a 118.261 no maior patamar do dia. Já o dólar recuou 0,90%, negociado a R$ 5,1321. Na mínima do dia, chegou a cair a R$ 5,0854

Cenário interno

O presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) se pronunciou pela primeira vez apenas nesta quarta-feira (2) após os resultados da eleição de domingo (30), em que não se reelegeu e perdeu o posto para Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele agradeceu os votos recebidos, disse que vai cumprir a Constituição e criticou os bloqueios de manifestantes nas estradas. Muitos aliados já reconheceram a vitória de Lula.

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no segundo turno da eleição, bloqueavam ou interditavam nesta terça-feira estradas em 22 Estados e no Distrito Federal, inconformados com o resultado das urnas, mesmo após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinar o desbloqueio imediato.

De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal, havia 271 pontos de bloqueio ou interdição em estradas de 22 Estados e do Distrito Federal às 6h10 desta terça.

Investidores também aguardaram os primeiros relatos do PT sobre a equipe do novo governo e detalhamento de suas políticas.

“Naturalmente, os mercados aguardam com ansiedade a decisão sobre o novo ministro das Finanças”, afirmaram os estrategistas do BTG Pactual Carlos Sequeira e Osni Carf.

Ainda na pauta brasileira, a temporada de balanços destaca os números de Cielo (CIEL3), RD (RADL3), PRIO, CSN (CSNA3) e CSN Mineração, entre outros.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações dos Estados Unidos fecharam em baixa pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, depois que dados indicando que o mercado de trabalho norte-americano permanece em terreno sólido diminuíram as esperanças de que o Federal Reserve possa ter motivos suficientes para começar a diminuir o tamanho de seus aumentos de juros.

Uma pesquisa mostrou que as vagas de emprego nos EUA subiram inesperadamente em setembro, sugerindo que a demanda por mão de obra continua forte, mesmo com o banco central embarcando em um caminho de aumentos agressivos de juros em um esforço para reduzir a inflação teimosamente alta.

Expectativas crescentes de que o banco central possa ter justificativas para começar a desacelerar o aperto monetário em dezembro -em parte devido a dados que apontam para uma economia enfraquecida e a uma temporada de lucros corporativos que foi melhor do que o esperado- ajudaram as ações a subir em outubro, com o Dow atingindo seu maior ganho percentual mensal desde 1976.

O foco acentuado nos dados do mercado de trabalho neste pregão ofuscou outro relatório que mostrou que a atividade manufatureira dos EUA cresceu em seu ritmo mais lento em quase 2 anos e meio em outubro, em meio à alta de juros.

O Dow Jones Industrial Average caiu 0,24%, para 32.653,2 pontos; o S&P 500 perdeu 0,41%, para 3.856,1 pontos, e o Nasdaq Composite caiu 0,89%, para 10.890,85 pontos.

Europa

As ações europeias avançaram nesta terça-feira, iniciando novembro com tom positivo em meio a expectativas de que o Federal Reserve abrandará o ritmo de seus aumentos da taxa de juros.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,58%, a 414,61 pontos, atingindo uma alta de fechamento de quase sete semanas, com as mineradoras e varejistas liderando os ganhos.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 1,29%, a 7.186,16 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,64%, a 13.338,74 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,98%, a 6.328,25 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,63%, a 22.795,64 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,53%, a 7.999,00 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,92%, a 5.827,92 pontos.

Ásia e Pacífico

Homem usa máscara de proteção dentro da Bolsa de Valores de Xangai 28/02/2020 REUTERS/Aly Song

As ações de Hong Kong e da China saltaram nesta terça-feira após rumores, baseados em uma nota não verificada que circulava nas mídias sociais, de que a China estaria planejando uma reabertura das rígidas restrições contra a Covid-19, o que desencadeou uma forte recuperação após a liquidação do mês passado.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,33%, a 27.678 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 5,23%, a 15.455 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 2,62%, a 2.969 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 3,58%, a 3.634 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,81%, a 2.335 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,68%, a 13.037 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 1,21%, a 3.130 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,65%, a 6.976 pontos.

*Com informações da Reuters.

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