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Finanças

Dólar cai a R$ 5,31; Ibovespa sobe, mesmo com preocupações sobre fiscal e China

Surtos de covid-19 no país asiático voltaram a preocupar nesta segunda-feira.

O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (21), com investidores reagindo positivamente a falas recentes mais conciliadoras do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a futura postura fiscal do Brasil.

Ibovespa encerrou em alta nesta segunda-feira (21), mesmo em dia marcado por receios sobre potenciais desdobramentos do aumento de casos de covid-19 na China, e com atenções seguindo voltadas para as negociações sobre a PEC da Transição.

O dólar recuou 1,18%, negociado a R$ 5,3101 na venda. O Ibovespa avançou 0,81%, aos 109.748 pontos.

De olho nas contas públicas

Lula disse no sábado (19) que a responsabilidade fiscal é importante, afirmando que “não podemos gastar mais do que a gente ganha”, embora tenha reforçado seu compromisso com o investimento na economia e no bem-estar social do país.

Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, atribuiu a queda do dólar nesta manhã às esperanças de que o rompimento do teto embutido na PEC da Transição seja reduzido para R$ 70 bilhões, bem como às expectativas de que seja apresentada no texto uma proposta de âncora fiscal que substitua o teto de gastos – ferramenta que Lula quer eliminar.

Membros da equipe de transição de Lula expressaram opiniões divergentes sobre as conversas envolvendo a chamada PEC da transição e a disputa pela presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O presidente eleito tem apoiado os esforços para criar uma exceção ao teto de gastos, enquanto há cobranças por uma nova âncora fiscal.

“São dois Lulas: o Lula de consumo externo e o Lula nosso aqui do Brasil. O de consumo externo é… uma lenda, que aparece muito bem, muito forte, muito firme. No Egito, no discurso aparece o estadista Lula retomando o protagonismo do Brasil no cenário internacional, o que é importante. Mas aqui a coisa está muito complicada”, disse o analista André César, da Hold Assessoria Legislativa, uma consultoria de risco político.

Cenário externo

Novos surtos de covid-19 na China, maior produtora de aço do mundo, afetaram os contratos futuros de minério de ferro, que caíram nesta segunda-feira (21). No domingo (20), o país registrou 26.824 novos casos locais, aproximando-se dos picos de abril.

O governo da China disse nesta segunda que fecharia empresas e escolas nos distritos mais atingidos e endureceria as regras para a entrada na cidade, o que assustou investidores.

Também pesaram no sentimento as expectativas de aumento da oferta após a decisão da Índia de eliminar os impostos de exportação de minério de ferro de baixo teor. Além de alguns produtos de aço intermediários, após meses de reclamações de mineradoras e siderúrgicas sobre a perda de oportunidades de vendas externas.

Trabalhadores ergueram uma cerca em uma comunidade fechada devido ao Covid-19 em Pequim em 13 de novembro/Bloomberg

Bolsas mundiais

Wall Street

Os principais índices de Wall Street fecharam em baixa nesta segunda-feira por temores de que a China possa retomar medidas mais rígidas para combater a covid-19.

Segundo dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,38%, para 3.950,29 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuou 1,09%, para 11.024,54 pontos. O Dow Jones caiu 0,13%, para 33.703,48 pontos.

O volume de negociação foi reduzido nesta segunda-feira e provavelmente diminuirá conforme se aproxima o feriado de Ação de Graças norte-americano na quinta-feira, o que deixa os mercados mais propensos à volatilidade.

Europa

Índice acionário alemão DAX exibido na bolsa de valores em Frankfurt. Crédito: 22/02/2022 REUTERS/Timm Reichert

O índice STOXX 600 da Europa fechou praticamente estável nesta segunda-feira, uma vez que os ganhos nas ações de empresas defensivas de alimentos e bebidas e saúde foram compensados pelas perdas em papéis de commodities devido às preocupações com o impacto do aumento dos casos de covid-19 na China.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,12%, a 7.376,85 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,36%, a 14.379,93 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,15%, a 6.634,45 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,29%, a 24.356,05 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou estabilidade, a 8.188,40 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 ficou estável, a 5.766,14 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China fecharam em baixa pela quarta sessão consecutiva nesta segunda-feira, uma vez que surtos domésticos de covid-19 frustraram as expectativas de alguns investidores de uma flexibilização nas rígidas restrições contra a pandemia.

O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 0,85%, enquanto o índice de Xangai caiu 0,39%. O índice Hang Seng de Hong Kong teve baixa de 1,87%.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,16%, a 27.944 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,87%, a 17.655 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,39%, a 3.085 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,85%, a 3.769 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 1,02%, a 2.419 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,38%, a 14.449 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,66%, a 3.250 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,17%, a 7.139 pontos.

*Com informações da Reuters.

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