A terça-feira (29) começa com a recuperação das bolsas asiáticas e das commodities, em especial o petróleo após as novas expectativas em relação à condução da política de covid na China e a reunião dos países integrantes da Opep.
Na Ásia, os protestos que marcaram o último final de semana na China diminuíram de ritmo com a repressão da polícia local. Após a reunião do Conselho Estatal da China, foi decidido que o governo agora pode focar na vacinação da parte mais idosa da população, que tem um menor percentual de cobertura vacinal.
No encerramento do dia, os índices chineses tiveram as maiores altas com avanço de 5,24% no índice Hang Seng e alta de 2,31% no índice de Shanghai, seguidos da alta de 1,05% do Taiex e ganhos de 1,04% do Kospi enquanto o índice japonês Nikkei registrou queda de 0,48% puxado pelo mau-humor das bolsas norte-americanas ontem (28).
Na Europa, o pregão inicia misto mas começa a registrar ganhos na maioria das bolsas com alta de 0,10% do índice DAX, avanço de 0,71% do FTSE, ganhos de 0,21% do Euro Stoxx enquanto a bolsa espanhola IBEX tem queda de 0,08%.
Hoje às 10:00 do horário de Brasília será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor preliminar da Alemanha referente a novembro. O mercado espera uma deflação de 0,2% para o período, resultado que manteria estável a alta acumulada em 12 meses em 10,4%.
Petróleo em recuperação hoje
Após permanecer próximo de menores patamares no ano, o barril de petróleo do tipo Brent registrava uma recuperação de mais de 2,7% no começo do dia. Além da expectativa de maior demanda pela China, o mercado avalia o impacto da possível decisão da Opep de cortar a produção diária de barris como forma de manter os preços altos.
Enquanto isso, a União Europeia discute um limite de preço para o petróleo russo mas países integrantes não chegaram em um consenso a medida que alguns, que são mais dependentes da commodity russa, não concordam com a imposição.
IGP-M cai 0,56% em novembro e PEC da Transição é protocolada
A deflação do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) perdeu força em novembro e o índice caiu 0,56%, depois de ter recuado 0,97% no mês anterior, com pressão dos preços em todos seus três subíndices. Com o resultado de novembro, o índice passou a acumular em 12 meses avanço de 5,90%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, caiu 0,94% em novembro, de uma queda de 1,44% no mês anterior.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, passou a subir 0,64% em novembro, de alta de 0,50% em outubro.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou o avanço a 0,14% no período, de 0,04% antes, sob pressão da alta de 0,53% no custo da mão de obra, de 0,31% em outubro.
E a PEC da Transição, protocolada na segunda (28) no Senado, ainda não atingiu o mínimo de 27 assinaturas para sua tramitação inicial. O projeto, que contava com 14 assinaturas, planeja um valor de R$ 198 bilhões fora do teto por um prazo de 4 anos ao tirar o programa Bolsa Família.
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