1- Após Americanas, CVM vai investigar agências de rating
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou a criação de uma força-tarefa com várias superintendências para analisar o caso da Americanas, que pediu recuperação judicial nesta quinta-feira após um rombo contábil de R$ 20 bilhões.
A CVM afirmou que está buscando cooperação com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal no caso.
O regulador do mercado de capitais também anunciou a criação de um canal para receber denúncias – inclusive anônimas – de irregularidades envolvendo a companhia.
A autarquia também abriu mais um processo – o sétimo -, este para apurar a atuação das agências de classificação de risco de crédito envolvendo papéis da varejista, cuja recuperação judicial inclui dívidas de 43 bilhões de reais.
Em conjunto, as áreas de relações com empresas, relações com o mercado, normas contábeis e auditoria, registro, proteção a investidores, securitização e de processos sancionadores vão cuidar dos processos que têm entre os alvos atuais e ex-executivos e acionistas de referência.
2 – PIB Global pode perder o equivalente a economia do Japão
A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, afirmou nesta quinta-feira, 19, que o Produto Interno Bruto (PIB) global pode perder o “equivalente a economia do Japão” com desglobalização. “Uma das nossas maiores preocupações atualmente é desglobalização e desassociação acontecendo entre vários países. Seria muito prejudicial para o mundo”, observou.
Ngozi argumentou que, para recuperar o comércio, a globalização é essencial. Segundo a diretora-geral da OMC, reglobalizar e expandir acordos de comércio internacional pode resolver os problemas de vulnerabilidade nas cadeias de suprimento, agravados pela pandemia e guerra na Ucrânia.
Os comentários aconteceram durante coletiva de imprensa sobre comércio e investimento, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça.
Acompanhada pelo presidente do evento, Børge Brende, e outros participantes, Ngozi defendeu a necessidade de alcançar um multilateralismo forte, incluindo metas de transição verde, reforçando de forma indireta críticas ao Inflation Reduction Act dos Estados Unidos.
3- Co-fundador da Netflix deixa o cargo de CEO
O cofundador da Netflix (NFLX34), Reed Hastings, disse nesta quinta-feira que deixará o cargo de executivo-chefe, entregando as rédeas do serviço de streaming ao parceiro e co-CEO Ted Sarandos e ao diretor executivo de operações, Greg Peters.
As ações da empresa, que caíram quase 38% no ano passado, subiram 6,1%, já que a pioneira em streaming de vídeo também disse que conquistou mais assinantes do que o esperado no final do ano passado.
A Netflix está sob pressão depois de perder clientes no primeiro semestre de 2022.
A mudança entra em vigor imediatamente, representando o fim de uma década de planejamento de sucessão pelo conselho. Peters e Sarandos foram promovidos em julho de 2020 em um momento desafiador para a empresa.
“Foi um batismo de fogo, dada a Covid e os recentes desafios em nossos negócios”, disse Hastings em comunicado. “Mas ambos se saíram incrivelmente bem… então, o conselho e eu acreditamos que é o momento certo para decidir minha sucessão.”
Hastings saiu com a Netflix anunciando adição de 7,66 milhões de assinantes no quarto trimestre, acima das previsões de Wall Street de 4,57 milhões, com a ajuda das séries “Harry & Meghan” e “Wandinha” na batalha para atrair telespectadores de streaming de televisão.
O lucro por ação, no entanto, ficou em 0,12 dólar, abaixo dos 0,45 dólar esperados por analistas ouvidos pela Refinitiv.
A Netflix projetou ganhos “modestos” em assinantes até março. A empresa previu crescimento de 4% ano a ano na receita durante o período com a ajuda de novos fluxos de receita.
A base global de assinantes da empresa atingiu 231 milhões no final de dezembro.
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