Passou a valer nesta quarta-feira (25) o grupamento dos papeis do IRB Brasil (IRBR3) na proporção de 30 para 1. No dia, os papéis caíram 20,93%, negociada a R$ 22,06. Na véspera, eles encerraram o pregão cotados a R$ 0,97 (antes dos ajustes de grupamento).
Em 23 de dezembro, a companhia informou ao mercado a aprovação do grupamento dos papeis devido estes estarem sendo negociados abaixo de R$ 1 – o que é contra as regras da B3. Na prática, 30 ações da companhia passaram a corresponder a 1. Foram agrupadas todas as 2.467.890.331 ações ordinárias da empresa.
Quando uma empresa decide fazer o grupamento de suas ações, via de regra, o objetivo é elevar a cotação do papel quando ele está em valores muito baixos. O que foi o caso do IRB.
Por que os papeis estão caindo hoje?
Apesar de o resultado do quarto trimestre ser divulgado apenas em 27 de fevereiro, há dois dias a companhia reportou ao mercado seus números de novembro. E eles não são “bons”.
No penúltimo mês de 2022, o resultado foi negativo em R$ 48 milhões, após um lucro de R$ 6 milhões em outubro (e isso alimentou expectativas de uma recuperação da resseguradora).
Porém, os números de novembro indicam que a recuperação da IRB pode demorar mais do que está precificado no mercado, segundo analistas do JP Morgan. Apesar de as ações terem tido um desempenho de 18,6% de alta entre 2 de janeiro até a véspera do comunicado (23), existem muitos desafios no radar, entre eles, reduzir os prejuízos.
O fraco resultado de novembro de 2022 se traduz em um prejuízo acumulado para o quarto trimestre de R$ 42,1 milhões – isso sem contabilizar o mês de dezembro.
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