No primeiro dia de fevereiro, a Oi (OIBR3) pediu à Justiça do Rio de Janeiro uma liminar que a proteja de credores com os quais detém uma dívida bilionária, incluindo bancos e detentores de títulos. Este passo pode anteceder a um novo processo de recuperação judicial da companhia.
No entanto, a companhia de telecomunicações saiu recentemente de um processo de recuperação judicial em meados de dezembro do ano passado.
A empresa argumenta que tentou chegar a um acordo com os credores para refinanciar sua dívida, mas que não teve sucesso. A Oi disse que não pode pagar R$ 600 milhões devidos aos detentores de títulos em 5 de fevereiro, o que desencadearia a aceleração de quase todas as dívidas financeiras da companhia, avaliada em R$ 29 bilhões. Para piorar, a companhia disse que metade do valor da dívida está em dólar, o que adiciona risco à operação, dado a volatilidade do câmbio.
A liminar da justiça e até uma segunda recuperação judicial, se aprovada, devem dar um fôlego extra para a companhia continuar sobrevivendo, mas a sinalização para o mercado foi de que o caso é muito pior que o imaginado. A ação OIBR3 desabou mais de 30% somente no pregão seguinte ao pedido de liminar para não pagar a dívida de R$ 600 milhões.
Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nuccio mostram o que diferenciam a Oi de antes da recuperação judicial para a atual, como mudou o negócio da companhia e se é arriscado investir nos papéis.
Veja também
- V.Tal oferece quase R$ 6 bilhões para comprar empresa da Oi
- Acordo entre Oi, Anatel e governo é homologado gerando investimentos de R$ 5,9 bi no setor
- Justiça homologa plano de recuperação judicial da Oi
- Credores da Oi aprovam plano de recuperação judicial em assembleia
- Conselho da Oi vai propor grupamento de ações para que preço fique acima de R$ 1