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Economia

3 fatos para hoje: ‘super quarta’ com FED e Copom; inflação no Reino Unido

E mais: redução de temores bancários impulsionam ações chinesas.

1 – Decisão sobre taxa de juros no Brasil e EUA

Será anunciado nesta quarta-feira, 22, a decisão sobre a taxa de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, a expectativa do mercado é que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a Selic nos atuais 13,75% ao ano. Resta saber qual o tom do comunicado a ser feito pelo Banco Central do Brasil e de qual forma ele vai se posicionar em relação ao atual balanço de riscos.

Na véspera, o presidente Lula disse que vai anunciar a nova âncora fiscal após sua viagem à China e voltou a criticar a taxa de juros no país.

Se o tom do Banco Central for mais dovish (menos austero), poderá aliviar a intensa pressão pública que vem sofrendo por parte do governo do presidente Lula, embora muitos vejam uma retórica política que dificilmente será deixada de lado.

Lula já pediu repetidamente que os custos dos empréstimos fiquem mais baixos, ressaltando na terça-feira que a taxa Selic atual é uma “irresponsabilidade”. Mas, embora os preços ao consumidor anualizados tenham esfriado nos últimos meses, as expectativas de inflação pioraram desde a última reunião de política monetária do banco em fevereiro.

Já nos Estados Unidos, a expectativa é que o Federal Reserve (Fed) aumente em 25 pontos-base a taxa de juros no país. No entanto, uma pausa no aperto monetário não é descartada, já que o fechamento de bancos importantes nos EUA e a crise do Credit Suisse levantaram preocupações sobre a possibilidade de um problema mais grave no sistema financeiro global.

Todos os olhos do mundo financeiro e econômico estarão dirigidos hoje ao Federal Reserve – enquanto o presidente Jerome Powell tenta equilibrar a luta contra a inflação e os riscos associados à recente crise bancária.

A decisão de política monetária do Comitê de Mercado Aberto do Banco Central americano (Fomc) será às 15h de Brasília. Já a coletiva com Powell será às 15h30. O Copom vai anunciar a decisão da taxa Selic às 18h30.

O chair do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, durante entrevista coletiva em Washington, EUA, em 3 de março, 2020. REUTERS/Kevin Lamarque

2 – Redução de temores bancários impulsionam ações chinesas

As ações da China e de Hong Kong subiram pelo segundo dia depois que papéis de bancos dos Estados Unidos se recuperaram na expectativa de que uma crise bancária global tenha sido evitada por enquanto, enquanto os investidores aguardavam a decisão de política monetária do Federal Reserve.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,43%, enquanto o índice de Xangai avançou 0,31%. O Índice Hang Seng, de Hong Kong, alta de 1,73%.

O presidente da China, Xi Jinping, deixou a Rússia na quarta-feira. Durante sua visita de dois dias, Xi mal mencionou o conflito na Ucrânia e disse na terça-feira que a China tem uma “posição imparcial”.

Os bancos dos EUA subiram na véspera depois que a secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse que está preparada para intervir para proteger os correntistas de bancos menores.

3 – Inflação no Reino Unido volta a ganhar força

A inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido voltou a ganhar força em fevereiro, contrariando as expectativas, após desacelerar por três meses seguidos. Dados do ONS, como é conhecido o órgão de estatísticas do país, mostram que a taxa anual do CPI britânico ficou em 10,4% em fevereiro, ante 10,1% em janeiro. Em outubro, o CPI anual havia atingido 11,1%, patamar mais alto desde outubro de 1981.

O resultado de fevereiro ficou bem acima da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam taxa de 9,9%. Na comparação mensal, o CPI do Reino Unido subiu 1,1% em fevereiro. Neste caso, a projeção no levantamento do WSJ era de aumento de 0,7%.

O núcleo do CPI britânico, que desconsidera preços de energia e alimentos, avançou 1,2% em fevereiro ante janeiro. Já no confronto anual, o núcleo do CPI teve alta de 6,2% no último mês.

Com Reuters

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