Há 12 fundos de investimento em infraestrutura listados na B3, os chamados FI-Infras. Apesar de ser um número ainda modesto à disposição do investidor pessoa física, esse é um produto que está conquistando espaço na carteira dos investidores.
Estes são fundos de renda fixa que investem em debêntures incentivadas. Logo, não há incidência de imposto de renda (IR). O que agrada quem quer se livrar do pagamento de imposto.
Entre os benefícios de se apostar no segmento, analistas apontam para menor volatilidade quando comparado a outros tipos de ativos, além da renda recorrente, uma vez que a modalidade expõe o investidor a setores essenciais na economia, como, energia, saneamento básico ou concessões.
Do ponto de vista do quanto pode ou não ser seguro investir na modalidade, o capital investido estará atrelado às debêntures que oferecem empréstimo a empresas do setor. E como companhias do setor de infraestrutura, ao prestarem qualquer serviço, possuem um ativo por trás delas (como um porto, uma estrada ou linhas de transmissão), o FI-Infra financia esses projetos utilizando esses ativos como garantia dos empréstimos às empresas. O que dá maior margem de segurança ao investidor.
Outro ponto levantado por especialistas é que os contratos do setor de infraestrutura geralmente são de longo prazo, o que traz certa previsibilidade. Para quem gosta de renda recorrente, a modalidade distribui periodicamente os juros recebidos das debêntures como rendimentos.
Analisando os dividendos repassados pela categoria e por fundos imobiliários e fiagros em todo o ano passado, os FI-Infras ficaram na segunda posição, segundo levantamento da Monnet. Veja abaixo:
Fiagros | 12,4% |
FI-Infras | 11,4% |
Fundos Imobiliários | 10,9% |
O Cafeína entrevistou Ulisses Nehmi, gestor da Sparta, para falar das particularidades da modalidade e se é mais arriscado investir diretamente em debêntures incentivadas ou via FI-Infras.
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